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Críticas à UE depois do caso das fresas com hepatitis: questionam suas relações com Marrocos

Os agricultores consideram que os acordos da UE com países terceiros prejudicam a saúde dos europeus

agricultura fresas
agricultura fresas

A detecção em Espanha de umas fresas procedentes de Marrocos com hepatitis A continua gerando reacções. Agora, o presidente da Associação Valenciana de Agricultores (AVA-Asaja), Cristóbal Aguado, tem criticado que a Comissão Européia "tem rebajado o alarme" pela detecção destes alimentos contaminados e tem afirmado que "é evidente que em Bruxelas há muitos interesses comerciais" com respeito às importações de terceiros países.

"Sabemos que a União Européia está disposta a sacrificar a seus agricultores, mas até que ponto também está disposta a pôr em risco a saúde de seus consumidores?", perguntou-se, num artigo de opinião remetido aos meios de comunicação.

Fresas que se riegan com águas fecales

Aguado tem questionado a rapidez da alerta, porque as fresas entraram pelo porto de Algeciras em meados de fevereiro e não foi até o 4 de março quando o Sistema de Alertas da Comissão Européia RASFF o notificou em seu portal. Assim, tem apontado a que a causa "mais provável" da contaminação das fresas é que "as explorações se riegan com águas fecales".

Fresas en un supermercado / PIXABAY
Fresas num supermercado / PIXABAY

Esta alerta "está em boca de médicos e consumidores, porque representa um perigo para a saúde pública", mas "se AVA-Asaja foi a que deu a voz de alarme é porque os agricultores estamos hartos da concorrência desleal e dos sistémicos incumprimento por parte das importações agrárias procedentes de países terceiros. Não em vão, o sistema RASFF detecta a cada mês alertas em todo o tipo de produtos foráneos, como laranjas de Egipto e Turquia, arrozes asiáticos, hortaliças, carnes, etc.", tem argumentado.

Hipocrisia da UE

O agricultor considera que se a UE "unicamente actuasse em defesa do ecologismo" ao instaurar seus regulamentos, "como tenta vender, todas as exigências meio ambientais que impõe às produções européias também impô-las-ia ao que vem de fora".

"Mas ante uma alerta tão preocupante como a das fresas marroquinas, a Comissão tem rebajado o alarme declarando que a coisa não é tão grave", tem apostillado. Assim, Aguado acha que depois da detecção deste caso "não passará nada", o Governo espanhol manterá seu "pleitesía" ante Marrocos e continuará a "barra livre para as importações".

Consequências para os cidadãos europeus

"Algo cheira mau na política agrária. E, se não reagimos, as consequências não pagá-las-emos só os agricultores, sina todos e a cada um dos europeus", tem advertido.

Frutas en un supermercado / PEXELS
Frutas num supermercado / PEXELS

Por último, tem fazer# questão de que "não é o mesmo comprar um produto europeu que não europeu" e em que a alerta marroquina "não tem por que prejudicar a nosso sector fresero que tão bem está a trabalhar". Por isso, tem recomendado aos consumidores que comam fresas e outras frutas e hortaliças espanholas. "Nossa economia e nossa saúde agradecê-lo-ão", tem limpado.

Resposta do Governo

Asaja também tem enviado uma carta ao ministro de Agricultura, Luis Planas, para lhe solicitar que de "maneira urgente peça explicações ao Governo de Marrocos e especifique que medidas pensa empreender para evitar que este tipo de situações voltem a ocorrer".

Até o momento, o Ministro não se manifestou ao respeito.

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