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Os edulcorantes de uso comum podem criar resistência aos antibióticos

Em torno de 10 milhões de pessoas morrerão por infecções bacterianas para 2050, segundo estima a OMS

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A pandemia tem demonstrado que um vírus pode paralisar o mundo, mas não estaria a mais recordar que dantes do Covid-19 as bactérias já eram uma ameaça para os humanos. O abuso dos antibióticos tem desencadeado uma resistência a este medicamento, pelo que sua eficácia se reduziu.

De facto, umas 700.000 pessoas morrem a cada ano devido a infecções causadas por bactérias resistentes, segundo cifras da Organização Mundial da Saúde (OMS). E também se estima que 10 milhões de pessoas morrerão por infecções devidas à Resistência aos Microbianos (RAM) para 2050, se não se tomam medidas imediatas. Neste sentido, um estudo realizado por cientistas de Austrália põe o foco nos edulcorantes e sua relação com a resistência aos antibióticos.

O papel dos edulcorantes

Os edulcorantes de uso comum, que se utilizam habitualmente, ajudam a propagar os genes resistentes aos antibióticos no intestino, segundo as conclusões do trabalho destes investigadores australianos publicado na prestigiosa revista Nature. O estudo realizou-se com quatro dos edulcorantes mais utilizados: sacarina (SAC), sucralosa (SUC), aspartamo (ASP) e acesulfamo de potasio (ACE-K).

Os achados evidencian que estes quatro edulcorantes não nutritivos podem promover a transferência horizontal através da conjugação tanto em meios ambientais como clínicos.

Um telefonema de atenção

Tendo em conta o aplicativo destes edulcorantes na indústria alimentar (mais de 117.000 toneladas métricas consumidas em todo mundo por ano), esta descoberta é um telefonema de atenção para começar a avaliar as possíveis funções similares aos antibióticos induzidas pelos edulcorantes não nutritivos.

Ademais, os ensaios in vivo poderiam aplicar-se, adicionalmente, para provar se os endulzantes podem promover a conjugação nos sistemas urinario e intestinal humano em longo prazo.

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