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O calvário de comprar na Manomano: "O espelho chegou-me até três vezes partido"

Os utilizadores desaprovam o serviço de apoio ao cliente da empresa de bricolage e jardinagem e queixam-se de atrasos na entrega dos produtos.

Um homem irritado com o atendimento ao cliente da Bosch / FREEPIK
Um homem irritado com o atendimento ao cliente da Bosch / FREEPIK

Pedir pela internet está na ordem do dia. Cada vez são mais os internautas que se juntam às compras on-line. Um mercado no qual tanto as plataformas tradicionais como as mais inovadoras encontraram o seu lugar e o seu público. A Manomano é uma desses sites que prosperaram com a irrupção das e-commerce no mercado virtual.

A empresa de origem francesa encarrega-se de vender produtos relacionados com o bricolagem, jardinagem e lar. Centenas de utilizadores recorrem à empresa para adquirir alguns dos seus produtos. Mas nem todos eles são clientes plenamente satisfeitos. As críticas à empresa deixam impressão na rede onde os internautas dão  especial ênfase nos pacotes defeituosos e os atrasos dos pedidos.

"Quero o espelho pelo qual paguei"

Arturo N. M. relata à Consumidor Global que no passado mês de março comprou através da Manomano um espelho por um valor de 80 euros. Desde então, o pedido nunca lhe chegou em perfeita condições. Durante este tempo, já recebeu o espelho partido em três ocasiões.

Espejo roto comprado a Manomano / ARTURO N. M.
Espelho partido comprado na Manomano / ARTURO N. M.

"A última vez decidi abrí-lo diante do estafeta e não esperava outra surpresa mais que voltasse a estar partido. O próprio estafeta comentou que o pacote não vinha com as etiquetas que tem que levar ao tratar-se de um pacote frágil". Cansado da situação, este cliente qualifica a atitude da empresa como "vergonhosa". "A estas alturas acho que o justo seria que me devolvessem o dinheiro ou que garantissem um transporte seguro", reclama o internauta.

Pacotes defeituosos

Este utilizador explica que ninguém foi recolher os três espelhos partidos que ainda conserva. Em casos como este no qual a empresa se desentende com a devolução, os consumidores devem saber que têm formas de reclamar. Segundo explica à Consumidor Global Leticia Grande, advogada no Reclamador.es, o primeiro passo é rever as condições de venda do site.

Un almacén con centenares de paquetes / PEXELS
Um armazém com centenas de pacotes / PEXELS

Estas devem adaptar-se a duas regras: "Se produz-se a devolução de um produto por ser defeituoso, o vendedor tem de assumir todas as despesas. Caso contrário, poderíamos estar face a uma cláusula abusiva e nula e o consumidor poderá reclamar". "Como excepção encontramos o caso de que o consumidor queira ficar voluntariamente com o produto, a troco de uma diminuição no preço", enfatiza a perita.

Falta de serviço ao cliente?

A tudo isto juntam-se as queixas de clientes que denunciam os atrasos dos pedidos. "Realmente patético, comprámos uma mesa que não chega, nem chegará", diz um internauta. "Pedido realizado há uns dias e não há sinal de estado de envio como noutras compras. É impossível perguntar pelo seu estado, não há forma de ligar", denunciava outra utilizadora.

Un consumidor con problemas con atención al cliente / PEXELS
Um consumidor com problemas no atendimento ao cliente / PEXELS

A opacidade que parece ter a Manomano com o atendimento ao cliente é um aspecto que também realça à Consumidor Global Arturo N. M.. Este comprador recalça as suas dificuldades para falar com eles através de algum telemóvel. No caso dos emails, Patrick E. M. afirma que "quando há problemas ninguém está. Nem respondem aos meus e-mails".

Direito a uma indemnização

No caso de Arturo N.M, a Manomano comprometeu-se a devolver o dinheiro, tal como confirma o afectado a este meio. A lei está a favor dos consumidores quando se trata de produtos defeituosos. É o vendedor quem tem a obrigação de "reparar as falhas" sem gerar problemas ou custos ao próprio cliente. Assim o explica a advogada Leticia Grande.

A perita lembra que, ainda que se produza a devolução do dinheiro, o consumidor "tem direito ao pagamento de uma indemnização pelos danos ou prejuízos que lhe tenha podido ocasionar o produto defeituoso, ao amparo do artigo 128 da Lei de Consumidores e Utilizadores". O que já não poderá recuperar Arturo N. M. é o seu desejo de voltar a confiar na Manomano. Um cliente que, tal como outros, viu frustrado o seu processo de compra e, por isso, o seu tempo.

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