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Orange abruma a uma cliente para cobrar uma dívida errónea: "Nem dando mais dinheiro deixam-me em paz"

Laura R. M. conta com desespero a odisea sofrida com a companhia telefónica, que achacaba à utente ter assinado uma suposta permanência com o operador

Sede central de Orange   RICARDO RUBIO (EP)
Sede central de Orange RICARDO RUBIO (EP)

Laura R. M. explica a Consumidor Global a odisea que sofre com Orange, que lhe reclama uma suposta dívida. A história remonta-se a junho de 2022, quando a cliente decide descadastrar da companhia telefónica e recebe a última factura por seus serviços. "O custo da mesma superava o que devia ser a parte proporcional de uns 60 euros, de modo que devolvi o recebo e perguntei a causa daquilo", evoca a utente.

Desde Orange responderam que o motivo se achacaba a que a cliente se descadastrava com uma permanência. Não obstante, Laura R. M. alega a este meio que não tinha assinado com o operador nenhuma permanência. "Depois de explicar-lhes que nem tinha comprado nenhum produto, nem tinha mudado de tarifa nem desfrutava de nenhum desconto adicional, me deram a razão --realça a cliente–. Se é verdade que guardam as conversas com seus clientes, poder-se-á demonstrar que até três vezes, em diferentes telefonemas, me reconheceram o erro".

Pagar a mais

Orange, longe de limpar o tema, abrumó à utente com vários SMS reclamando ouna dívida de 126,28 euros. "Eu só tinha que pagar uma parte proporcional da factura habitual, já que me tinha descadastrado dantes de finalizar o ciclo de facturação. O que viria a ser uns 40 euros", defende Laura R. M. "Sendo eu consciente de que, certamente, lhes devia o custo de uma última factura, decidi, baixo a promessa de que me deixassem em paz, pagar 77 euros. Mas não é assim. São uns estafadores", arremete.

Una captura de pantalla en la que Orange abruma a una clienta con una deuda errónea / Captura cedida
Uma captura de ecrã na que Orange abruma a uma cliente com uma dívida errónea / Captura cedida por Laura R. M.

"Era bastante mais do que considerava que devia mas aceitei. A surpresa é que me seguem pedindo dinheiro baixo a ameaça de acções judiciais. Estou mais que harta de Orange", reconhece a cliente. Desde faz meses, Laura R. M. não tem voltado a falar com nenhum empregado da companhia telefónica. "Compreendi que iam a pinhão fixo e não me escutavam. Me harté", enfatiza.

"Só peço que me deixem em paz"

A afectada suspeita que Orange se empenhou em que deve uma "inexistente" dívida e só exigem o pagamento da mesma sem atender a razões. "Tenho ido recebendo mensagens de texto dizendo-me que se não pago esses 50 euros fictícios dessa dívida, empreenderão acções judiciais. Que lhes vá bem", realça.

"Em seu momento, paguei não só o que devia se não que inclusive um pouco mais com tal de finiquitar o tema. E mesmo assim, desde Orange seguem querendo mais. Já não peço que me devolvam o que paguei a mais, só que me deixem em paz", roga Laura R. M.

Um indemnização de 12.000 euros

Gabriel Rodríguez, cofundador de Sem Comissões, explica a Consumidor Global que no caso de que a cliente não tenha assinado uma permanência com Orange, não está obrigada a pagar nada mais que a factura que devia. "É possível que a incorporem a ficheiros de morosidad por impago dessa suposta permanência, ao qual deveria iniciar acções de direito à honra por inclusão indevida em ficheiros, solicitando uma indemnização por isso", declara Rodríguez.

Sede central de Orange / EP
Sede central de Orange / EP

"Se é verdadeiro que não tem permanência, não tem que se preocupar. De facto há muitas reclamações contra as companhias telefónicas nesta mesma linha relacionadas com o direito à honra e que se ganham com indemnizações que em segundo que casos podem chegar até os 12.000 euros", aponta o cofundador de Sem Comissões, que acrescenta que, em caso que sim tenha permanência, a cliente deveria pagar, revisar o que tem assinado e solicitar a Orange que aclare a que se deve essa permanência.

Orange já lhe dió a razão

Laura R. M. volta a afirmar que não tinha nenhum tipo de permanência. "Eu queria mudar de operadora desde fazia tempo, de modo que não tinha nada que me pudesse unir a eles. Orange pode dizer agora o que queira mas quando insinuaram que eu tinha permanência e lhes perguntava em contraprestación de que? nunca souberam me contestar e, em consequência, me davam a razão", destaca a afectada.

Assim mesmo, a cliente assegura que, quando devolveu o último recebo do banco porque não estava de acordo com o custo da factura, a empregada que lhe atendeu lhe assegurou que passaria a incidência ao departamento de facturação para refazer a factura. "Só cobrar-me-iam a parte proporcional já que estava a ver que o que eu lhe dizia era verdade. Repito, se tal e como dizem, gravam as conversas com seus clientes, deve ter três onde me dão a razão. A partir daí, não só não teve factura nova sina que começou o calvario de SMS e mails onde primava a ameaça", sublinha Laura R. M.

Um final feliz

Consumidor Global pôs-se em contacto com Orange, que tem decidido revisar com detalhe o caso de Laura R. M. Depois de analisar este caso, a empresa tem reconhecido a este meio seu erro. "Nossas equipas têm analisado o caso e, como consequência disso, se vai informar à Sra. R. dos ajustes a seu favor que se vão realizar", têm informado.

Pouco depois, tem chegado a solução. "Não só me anularam as falsas facturas que tinham emitido sina que Orange reintegrar-me-á o custo que paguei a mais (quase 30 euros) quando aceitei pagar os 77 euros", desvela a cliente com entusiasmo. "Isto, que me tinha num permanente estado de frustración e estrés, tem acabado por fim", se congratula Laura R. M.

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