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O sucesso da meia de água para evitar cortes na piscina: "Tendemos a sobreproteger ao menino"

Prenda-a é uma tendência que está a ganhar popularidade entre os mais pequenos, e os podólogos o recomendam para eludir qualquer ferida nos pés e contágios por fungos

Los calcetines de agua de El Último Koala   EL ÚLTIMO KOALA (1)
Los calcetines de agua de El Último Koala EL ÚLTIMO KOALA (1)

Cayetana, de dois anos, foi faz um par de semanas ao parque acuático Aqualand em Torremolinos (Málaga). O jogo, o chapino, os toboganes e a abundante água que reduzia a brasa da onda de calor o convertia num dos dias felizes que recordar-se-ia ao chegar a setembro. Não obstante, Alicia, sua mãe, sacou à pequena da piscina com os pés ensangrentados. Uma imagem que se fez viral e que manchou naquele dia.

Não foi a única que sofreu cortes nos diminutos pés pela má manutenção da piscina infantil do parque. "A vários meninos mais tiveram-lhos que levar em cadeira de rodas sangrando e não podiam nem andar", alerta a progenitora. Alicia conta a Consumidor Global que desde Aqualand Torremolinos não têm tomado nenhuma medida ao respeito. "Escreveu-me gente que foi faz mal dois dias e seus meninos têm as mesmas feridas. Segue igual", asevera.

Os calcetines de água

Depois da reclamação, os organizadores do parque enviaram a Alicia uma carta, mas não de desculpas. "Queremos indicar que o parque Aqualand Torremolinos é um parque que cumpre estritamente com o regulamento, entre outras, em matéria de segurança, contando com todas as autoridades preceptivas exigidas pelo regulamento legal vigente, para velar em todo momento pela segurança de nossos utentes que são nosso maior valor. Por ditos motivos não compartilhamos o manifestado em dita reclamação", se pode ler no escrito da empresa compartilhado pela afectada.

Un bebé con los pies ensangrentados Crónica Directo
Um bebé com os pés ensangrentados / Crónica Directo

"Nem umas desculpas, absolutamente nada. Se esta é a carta, te imagina como nos trataram", aponta a mãe de Cayetana. Ante a popularidade que ganhou sua denúncia nas redes sociais, muitos são os podólogos que têm aproveitado para recomendar os calcetines de água para evitar estes cortes. "Toda minha vida fui a Aqualand Torremolinos e jamais me passou mas, visto o visto, contemplo os calcetines para a piscina", reconhece a malagueña.

Para evitar cortes

Uma das profissionais que se posicionou ante os factos é Neus Moya. Em declarações a este meio tem especificado que, realmente, alguns modelos de calcetines podem evitar as feridas. "Estão os de teia que protegem do contacto directo da superfície, que é o que queremos para evitar contágios com verrugas plantares ou fungos. E depois estão os que têm um pouco mais de consistência. Estilo escarpín. Mas para mim isso é demasiado para uma piscina", enfatiza a podóloga.

"Em teoria, com os calcetines de teia típicos de Decathlon ou os que são licra por acima e por abaixo uma espécie de material sintético antiderrapante é mais que suficiente para se proteger de azulejos que sobresalen da piscina", explica Moya que os recomenda para todas as faixas de idade. "O problema é que não sabemos o estado do fundo da piscina até que o menino sai com um corte", e acrescenta que também estão desenhados para evitar contágios por fungos.

Os calcetines recomendados

Moya recomenda a Consumidor Global três opções de Decathlon para evitar verrugas, fungos e dactilitis de piscina. Por um lado, estão os de teia fina e elástica, com antiderrapante na planta (17,99 euros). "Vai acima do tornozelo e não são estancos mas protegem do contacto directo com a superfície", destaca

Los escarpines Subea 100 de Decathlon / DECATHLON
Os escarpines Subea 100 de Decathlon / DECATHLON

Assim mesmo, a podóloga aconselha os calcetines de látex (5,99 euros). "Tal qual como se fossem um gorro de natación. Acima do tornozelo. Completamente estancos, ideais para quando há feridas que não se podem molhar ou no meio de tratamento de verrugas". Por último, a experiente recomenda os escarpines Subea 100 (9,99 euros). "Ideais para ir à praia e caminhar entre as rochas de praia ou rio sem danificar-se nem escorregar. Costume-a é fina, sem drop e flexível. O ligeiro reforço posterior não feruliza", assinala.

A segurança que não tínhamos

O Último Koala, uma loja de puericultura desde faz mais de 10 anos, explica a este meio que têm vivido o nascimento de produtos como os calcetines de água. "Deveríamos sentir-nos afortunadas de poder dotar a nossos filhos de elementos de segurança que nós não tínhamos", presumen sobre esta prenda que existe desde faz aproximadamente uma década. "Começaram utilizando-se de silicona em adultos e meninos maiores com o objectivo de evitar doenças infecciosas nas piscinas e também os temidos resbalones", evocam.

Los calcetines de agua de El Último Koala EL ÚLTIMO KOALA
Os calcetines de água do Último Koala / O ÚLTIMO KOALA

"Com o tempo temos passado de uns calcetines brancos e com umas talhas bastante duvidosas, a uma ampla variedade para que os bebés que já caminham possam o fazer com segurança nas piscinas", destacam desde a loja. "Também são bem mais bonitos, mais acertados nas talhas, duradouros e oferecem uma segurança que realmente pode, por muito poquito custo e muito pouco esforço, nos evitar sustos muito grandes", realçam sobre seus calcetines de água por 17,99 euros.

Sobreprotegemos aos meninos?

"Com respeito aos escarpines ou os calcetines de água nos meninos, é verdade que tendemos um pouco a sobreproteger", comenta a psicóloga Silvia Sanz. Neste caso mais especificamente, pode ser bom proteger aos meninos e cuidar-lhes para assegurar seu bem-estar e a segurança, mas é verdadeiro que na sociedade actual tendemos a um excesso de protecção com os meninos

Para a psicóloga, proteger tanto e dar tantas ferramentas ante as situações que possam ser perigosas faz que ao final os meninos não tenham confiança em si mesmos porque não podem desenvolver habilidades para poder se enfrentar a diferentes dificuldades. "Esta sobreprotección que temos na actualidade faz que obstaculice um pouco esse desenvolvimento da independência nos meninos porque se lhes deixamos um pouco mais autónomos aprendem a ser bem mais responsáveis, se sentem mais fortes, mais resilientes, têm mais. Há que ter um enfoque equilibrado que combine a segurança do menino e a autonomia para que possam favorecer um desenvolvimento mais são", conclui Sanz.

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