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Denunciam a Eroski por aumentar um 10% o custo de compra-las on-line por se sobem os preços

Facua considera que esta prática é perjudicial para os consumidores, já que o recarrego não se comunica claramente durante o processo de compra

Ana Carrasco González

Un supermercado Eroski EFE

Facua tem apresentado uma denúncia contra Eroski ante o Ministério de Direitos Sociais, Consumo e Agenda 2030 pelo que considera uma prática abusiva no processo de compra on-line.

Segundo a associação, o supermercado acrescenta um 10% adicional ao custo total de compra-a, justificando esta medida pela "possível variabilidad do custo" dos produtos seleccionados.

Cobrar a mais

A denúncia baseia-se no achado de Facua, que tem detectado que ao finalizar uma compra através da página site de Eroski, no apartado de "Resumo de meu compra", aparece uma mensagem em letras vermelhas.

A página site de Eroski / FACUA

Este texto indica que "é necessário formalizar o pedido com um 10% adicional pela possível variabilidad do custo", com a explicação de que a lei impede cobrar mais do formalizado. No entanto, aclara que a cobrança final ajustar-se-á aos produtos efectivamente entregados no dia da entrega.

Uma prática questionada

Facua considera que esta prática é perjudicial para os consumidores, já que o recarrego de 10% não se comunica claramente durante o processo de compra, sina até o momento de realizar o pagamento. Ademais, assinala que Eroski se arroga o direito de modificar o preço de maneira unilateral, baixo a premisa de um possível aumento nos custos dos produtos seleccionados. Isto, em opinião da associação, poderia constituir uma vulneración dos direitos dos consumidores ao não garantir a transparência no preço final.

A associação também sublinha que esta prática pode gerar incerteza nos clientes, quem não têm certeza do custo exato que cobrar-se-lhes-á até o dia da entrega. Facua argumenta que isto é contrário ao estipulado pelo regulamento vigente.

O que diz a lei

O artigo 97 do Real Decreto Legislativo 1/2007, que aprova a Lei Geral para a Defesa dos Consumidores e Utentes, estabelece que as empresas devem informar ao consumidor, de forma clara e compreensível, sobre o preço total dos bens ou serviços dantes de que fique vinculado por um contrato. Nos casos onde o preço não possa se determinar de antemão, a empresa deve explicar como se calcula o mesmo e detalhar as possíveis despesas adicionais.

Por sua vez, o Código Civil, nos artigos 1.256 e 1.449, reforça esta obrigação ao estabelecer que a validade dos contratos não pode ficar ao arbitrio de uma das partes e que o preço não pode ser fixado unilateralmente.

Solicitam investigação

Em base a estas considerações, Facua tem solicitado à Direcção Geral de Consumo que pesquise se Eroski está a infringir a legislação ao aplicar este recarrego nas compras on-line. A associação faz questão de que é necessário garantir que os consumidores possam conhecer de maneira precisa o custo total de seus compras dantes de realizar o pagamento e que se respeite o regulamento que protege seus direitos.

Eroski, por sua vez, não tem emitido declarações públicas ao respeito até o momento. Esta denúncia poderia abrir um debate mais amplo sobre as práticas de transparência nos comércios eletrónicos e os direitos dos consumidores em Espanha.