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O preço da luz nesta quinta-feira continua sua tendência de ascensão e marca um novo máximo anual

O custo médio da electricidade no mercado mayorista situa-se em 146,67 euros por megavatio hora, segundo os dados publicados pelo Omie

Ana Carrasco González

Varias farola a las que le afecta el precio de la luz Eduardo Sanz EP

O preço médio da electricidade no mercado mayorista para esta quinta-feira, 12 de dezembro de 2024, situa-se em 146,67 euros por megavatio hora (euros/MWh), segundo os dados publicados pelo Operador do Mercado Ibério da Energia (Omie). Este aumento supõe uma subida de 5,46%, equivalente a 7,58 euros, com respeito aos 139,09 euros/MWh registados na quarta-feira, consolidando assim um novo máximo anual.

O incremento continua a tendência de ascensão nos custos energéticos, que se dispararam em comparação com os preços de faz um ano. Na mesma data de 2023, o preço da luz era de 69,56 euros/MWh, o que significa que em 2024 os consumidores estão a pagar um mais 110,91%, equivalente a 77,11 euros adicionais.

As horas mais caras superarão os 170 euros/MWh

Ainda que o preço médio situa-se em 146,67 euros/MWh, as horas ponta apresentam cifras significativamente mais elevadas, sem baixar de 170 euros/MWh em certos momentos. A faixa mais cara é de 20.00 horas a 21.00 horas, quando o preço atinge os 174,25 euros/MWh, enquanto o trecho mais económico é de 04.00 horas a 05.00 horas, com um preço de 112,6 euros/MWh.

A distribuição horária de preços para esta quinta-feira reflete marcadas diferenças:

  • De 00.00 horas a 07.00 horas, os preços oscilam entre 112,6 e 137,51 euros/MWh.
  • De 07.00 horas a 10.00 horas, registam-se as primeiras alças significativas, com valores que vão desde 162,12 até 177,38 euros/MWh.
  • Entre as 18.00 horas e as 22.00 horas, concentram-se os bicos mais altos, com preços que oscilam entre 167,84 e 174,25 euros/MWh.

Contexto e perspectivas

A constante subida nos preços da electricidade continua exercendo pressão sobre os lares e as empresas, que enfrentam facturas mais elevadas num contexto económico marcado pela inflação. Experientes apontam que factores como o encarecimiento do gás, as tensões nos mercados energéticos internacionais e o incremento na demanda invernal estão por trás destes aumentos.

Um funcionário coloca a iluminación do árbol de Natal em Madri, na qual repercute o preço da luz atual / Fernando Villar - EFE

Ademais, as flutuações diárias refletem o impacto das dinâmicas do mercado mayorista num meio caracterizado pela dependência de fontes de energia variáveis, como a solar e a eólica, e o custo elevado da geração com gás natural.

Espera-se que os preços aumentem

Por sua vez, as organizações de consumidores têm reiterado seus chamados a implementar medidas estruturais para conter o impacto da volatilidade do mercado elétrico nos lares. Entre as propostas encontram-se a promoção de contratos a preço fixo, um maior investimento em energias renováveis e a reforma do sistema de fixação de preços no mercado ibério.

Com a chegada do inverno, as projeções não são alentadoras, já que se espera que a demanda segua aumentando e, com ela, os preços. Ante esta situação, experientes recomendam aos consumidores ajustar seus hábitos de consumo, priorizando as horas vale para actividades de alto consumo energético, como o uso de electrodomésticos.

Um desafio persistente

O novo máximo atingido pela electricidade sublinha os desafios que enfrenta Espanha no âmbito energético. Apesar dos esforços por impulsionar a transição para fontes renováveis e conter os custos, a realidade do mercado segue impactando severamente aos consumidores.

A incerteza sobre a evolução dos preços nas próximas semanas mantém a atenção centrada no sector energético, onde as decisões políticas e económicas serão chave para garantir uma maior estabilidade no futuro.