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Jordi Nebot (PaynoPain): "Em 2024 já terá consumidores que paguem com euros digitais"

Entrevistamos ao CEO e cofundador de PaynoPain para conhecer as tendências de pagamento que veremos neste ano

Jordi Nebot, CEO y cofundador de PaynoPain y experto en métodos de pago como los euros digitales
Jordi Nebot, CEO y cofundador de PaynoPain y experto en métodos de pago como los euros digitales

O euro digital recebeu o visto bom do Banco Central Europeu (BCE) para iniciar sua fase de preparação em outubro de 2023. Ao igual que os bilhetes e os cartões já estabelecidos, esta moeda digital oferecerá serviços básicos, como a abertura de um conta, ónus de fundos, efectuar pagamentos e um longo etcétera, de maneira gratuita.

Segundo o Banco de Espanha, o euro digital oferece vantagens como a privacidade e o pagamento sem conexão. Segundo Jordi Nebot, CEO e cofundador da empresa PaynoPain, que comercializa uma solução de TPV virtual para lojas on-line, as vantagens de uso do euro digital para o consumidor ainda estão por descobrir. Entrevistamos-lhe para aprofundar neste e outros temas relacionados com os métodos de pagamento actuais e futuros.

--Bizum fechou 2023 com uma média de 30 operações por segundo… É o exemplo a seguir?

--Na última década tentou-se muitas vezes fazer aplicativos similares, mas tem falhado sempre. Em Espanha, que um método de pagamento baseado num aplicativo de transferências instantâneas, um wallet, se chegue a usar de forma tão em massa como Bizum, é uma mudança de tendência total. Aqui predominavam o cartão, a domiciliación e o efectivo.

--Espanha é o país líder em transferências instantâneas de toda Europa… Somos inovadores ou um pouco kamikazes?

--Somos inovadores em métodos de pagamento, ainda que temos uma dualidad muito rara. Por um lado, faz uma década éramos dos países onde mais se utilizava o cartão para pagar por internet, em contraposição a países como Alemanha ou os países nórdicos, que desconfiam destas inovações. Mas também tínhamos o recorde de, tendo o cartão na mão, ir sacar dinheiro ao caixa para pagar em numerário. Na actualidade, adaptámos-nos bastante rápido às novas metodologias de pagamento. As transferências instantâneas vêm da mão de Bizum, um programa piloto muito exitoso que usam mais de 20 milhões de utentes.

--As instantâneas já supõem o 48,8% do total de transferências… As transferências de toda a vida estão a agonizar?

--Há um movimento em Europa para impulsionar as transferências instantâneas. É uma forma de oferecer alternativas ao monopólio dos cartões bancários. Sim, as transferências tradicionais irão perdendo força até que não faça sentido as efectuar.

--Quem ou que pode superar as cifras de Bizum em Espanha?

--As únicas soluções que competem com Bizum são os próprios cartões, que seguem sendo muito utilizadas. Nem sequer PayPal tem um sucesso exacerbado em nosso país. Os wallets digitais, que é uma forma diferente de pagar com um cartão vinculado, sendo Apple Pay e Google Pay os que estão à cabeça, também estão a ter muito uso. Neste ano, Bizum quer ganhar terreno neste sentido e lançar os pagamentos de assinaturas de Netflix, Spotify e demais.

--Que vantagens oferece este pagamento de assinaturas com Bizum?

--Ao final, são diferentes modalidades de pagamento, mas não há uma vantagem excessiva, para além da comodidade, para o consumidor.

--Qual será o método de pagamento predominante em 2024?

--O cartão segue sendo o principal método de pagamento por adiante de Bizum e os wallets Apple Pay e Google Pay.

--Apple Pay ou Google Pay, qual funciona melhor?

--Ambos funcionam bem. Apple usa seu Face VÃO e Google a impressão ou o que te permita teu dispositivo. Têm um funcionamento muito similar.

--As transacções digitais têm deixado atrás ao efectivo. Como vão pagar os espanhóis em 2024?

--À hora de cobrar, neste ano está a começar-se a mover muito o Tap2Pay, que faz que qualquer móvel possa se converter num datáfono. E também ver-se-á uma prova piloto de euro digital por parte de alguma empresa espanhola.

--Em que consistirá o euro digital?

--É como ter uma criptodivisa, descentralizada, que não dependa de uma entidade bancária concreta, com sua wallet, e cujo valor estará garantido um a um com o euro. No entanto, pagarás com um aplicativo, pelo que a vantagem de uso ainda está por ver.

--Em 2024 algum consumidor pagará com euros digitais?

--Não sê se considerar-se-á já euro digital ou se será alguma prova piloto oficial que se assemelhe, mas sim, eu acho que neste ano, tanto em Espanha como em diversos países, já ver-se-ão.

--Como pagaremos em 2030?

--Oxalá soubesse-o. Imagino que avançará muito em temas de biometría para que o processo de pagamento possa se realizar sem levar nada em cima: identificando com a cara ou com a impressão.

--Pagaremos pela cara?

--Pela cara!

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