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"Hipoteca-las vão começar a ver um verdadeiro alívio", segundo o governador do Banco de Espanha

Pablo Hernández de Cos afirma que o ónus que pagam as famílias que tinham as hipotecas a tipo variável reduzir-se-á

Pablo Hernández de Cos, gobernador del Banco de España, durante su charla sobre las hipotecas GUSTAVO VALIENTE EP
Pablo Hernández de Cos, gobernador del Banco de España, durante su charla sobre las hipotecas GUSTAVO VALIENTE EP

O governador do Banco de Espanha, Pablo Hernández de Cos, tem afirmado que as hipotecas em Espanha "vão começar a ver um verdadeiro alívio" em termos do ónus que pagam as famílias, especialmente nas fixadas a tipo variável.

Segundo De Cos, salvo que produzam-se choques evidentemente inesperados, o seguinte movimento do Banco Central Europeu vai ser uma redução das taxas de juro. "De facto, isto já se incorporou no Euribor a um ano e as hipotecas em Espanha vão começar a ver um verdadeiro alívio em termos do ónus que pagam as famílias que a tinham a tipo variável", tem afirmado o governador num encontro com alunos de CUNEF Universidade.

Quando baixarão as taxas de juro

Quanto ao momento concreto no que produzir-se-á essa baixada de taxas de juro, o governador tem explicado que tudo depende dos dados sobre o prolongamento da redução da inflação. "Acho que fica algo de tempo", tem destacado o governador.

 

A projecção do Banco Central Europeu é que a inflação vai seguir se reduzindo e as projecções publicadas em dezembro mostram que neste ano quiçá cairá de uma maneira mais lenta, mas em 2025-2026 se vai conseguir o objectivo de situar no meio de 2%. "É verdade que não estamos a ser explícitos sobre quando se vai produzir, eu acho que fica ainda algo de tempo para isso, mas também acho que é importantíssimo sublinhar que o objectivo do Banco Central Europeu é um objectivo de 2% simétrico, isto é, que tanto faz de importante evitar que a inflação esteja acima do 2% como que esteja por embaixo do 2%", tem remarcado o governador.

O sector bancário

Durante o encontro, o governador tem destacado que o sector bancário na pandemia e depois dela "tem sido parte da solução e não do problema". Ademais, Hernández de Cos tem destacado que nos últimos quatro anos o sector tem seguido melhorando seus ratios de solvencia, tem seguido reduzindo os activos deteriorados e tem melhorado de uma maneira também significativa a rentabilidade.

"A rentabilidade é a primeira linha de defesa também ante qualquer perturbação", tem explicado. Dito isto, o governador tem assinalado que o incremento das taxas de juro gera dois tipos de efeitos na conta de perdas e ganhos do sector bancário e também em seus balanços. Assim, enquanto a margem de intermediação claramente aumenta -o que está por trás de boa parte do incremento da rentabilidade do sector-, também se geram efeitos de segunda rodada, através do incremento do risco de crédito "que se acaba materializando mais dia menos dia". Por todo isso, o governador tem fazer# questão de que o sector deve manter e aumentar seu nível de resiliência para enfrentar esses efeitos de segunda rodada e ante um contexto de "muitíssima incerteza".

O euro digital

Quanto ao euro digital, Hernández de Cos tem explicado que desde o Banco Central Europeu se está a analisar, pesquisando e preparando a possibilidade de emissão do euro digital, ainda que tem aclarado que ainda não se tomou uma decisão com respeito a sua posta em marcha. O que se pretende com um euro digital é que qualquer cidadão europeu possa fazer as mesmas transacções que faz hoje com bilhetes -que é dinheiro de banco central- exactamente igual num meio digital.

Entre os argumentos que justificam este euro digital, o governador tem assinalado que actualmente todo o mercado de pagamento de cartões está controlado por empresas que não são européias e que algumas moedas digitais -não bitcoins- pretendem de alguma maneira converter numa concorrência das moedas oficiais, algo que "não se pode descartar que em algum momento isso possa ser uma realidade". Por tanto, "o sector público tem a obrigação de estar preparado para evitar essa possibilidade e estar preparado significa estar num meio digital que é onde mover-se-iam também esse tipo de moedas", tem explicado o governador, depois de assinalar que seria irresponsable por parte do Banco Central Europeu não estar preparado para o fazer.

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