Até o momento, a notícia do ano estão a ser os impostos de Trump. Os impostos são um imposto às importações. Este imposto repercute sobre os produtores estrangeiros que enviam mercadorias a Estados Unidos. E o que fazem estes produtores é repercutir parcialmente o custo dos impostos no preço dos bens e serviços que compram os norte-americanos.
Por tanto, os impostos geram inflação. Não obstante, dizer-me-eis, ouve, vale, pois pior para os norte-americanos. Cuidado! Aqui o que sai prejudicado e muito são as empresas européias. E a União Européia tem que defender a suas empresas. O que provavelmente sucederá é que a União Européia represalie e, por tanto, ponha também impostos.
Isto pode fazer subir significativamente o preço da cesta da compra.
Não obstante, eu sou otimista. Acho que, ao final, Trump cederá e não porá uns impostos de 25%.
E o possível efeito inflacionário dos impostos em Espanha como consequência das represálias européias pode ser compensado pela baixada do petróleo (porque há excesso de oferta de petróleo) e pela diminuição do preço do gás natural (se finalmente, como se espera, se chega a um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia).
Por tanto, nem muito menos há que espantar pelos impostos de Trump e as represálias européias. Acho que será bastante menos perigoso para os bolsos das famílias do que alguns dizem.