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Tens insónia? Assim afecta o uso do móvel dantes de dormir ao 84% dos jovens

A luz artificial dos ecrãs dos dispositivos electrónicos tem um impacto muito negativo no sonho, tal e como explicam os neurólogos

Una joven mira el móvil antes de irse a dormir PEXELS
Una joven mira el móvil antes de irse a dormir PEXELS

O hábito de meter na cama com o telefone móvel é perjudicial para o sonho, e, em consequência, para a saúde. Assim o revela o estudo Como dormem os jovens? Hábitos e prevalencia de transtornos do sonho em Espanha, realizado com uma mostra de 3.400 jovens dentre 18 e 34 anos pela Fundação MAPFRE, a Sociedade Espanhola de Neurología (SEN) e a Sociedade Espanhola do Sonho (SES).

Este estudo põe de manifesto que, ainda que os jovens consideram que dormir é tão importante como cuidar a alimentação ou praticar exercício físico, só um 24% reconhece dormir bem e o suficiente, já que o 61% resta horas de sonho para lazer por falta de tempo durante o dia, pelo que o 33% afirma que dorme menos de sete horas.

Assim afecta o uso do móvel dantes de dormir

O 83% dos jovens dentre 18 e 34 anos usa dispositivos electrónicos com ecrã na cama dantes de dormir, com um tempo médio de uso de 48,6 minutos, ainda que o 33,5% afirma que os utiliza mais de uma hora. Isto implica que o 83,5% presente algum sintoma de insónia nocturna, pelo impacto do uso de luz artificial dantes de dormir.

Na metade dos casos, indicam que demoram mais de uma hora em se dormir, mas destacam que há quase uma hora de diferença entre a hora à que se acuestan e a que consideram que realmente estão prontos para dormir (sem nenhum outro quehacer), usando quase uma hora os ecrãs na cama.

Por que não é bom usar o móvel dantes de dormir

"A luz artificial tem um impacto totalmente negativo no sonho já que inhibe a secreción própria de melatonina , que é a hormona que precisamos para conciliar o sonho e isto vai propiciar mais dificuldades para dormir e um sonho de menor qualidade", explica a pesquisadora principal e neuróloga do Hospital Universitário Parc Taulí de Sabadell, a doutora Marta Loiro.

Entre os problemas de sonho mais frequentes destaca que: um 46% dos jovens tem dificuldade para conciliar o sonho, um 47% acorda-se mais temporão do desejado, um 36% acorda-se pela noite e tem problemas para voltar a conciliar o sonho, e unicamente o 16,5% afirma dormir bem.

Activar a função filtro de luz

Para mitigar o impacto nocturno dos dispositivos electrónicos, um 59% assegura que adopta medidas como "activar a função filtro de luz" ou utilizar dispositivos de "tinta digital". Canárias, Andaluzia, Múrcia e A Rioja são as regiões nas que os jovens dedicam mais tempo ao uso de ecrãs dantes de dormir.

A maioria dos jovens não referem acordares nocturnos (61%), enquanto o 39% sim indicam acordares frequentes (mais as mulheres e o trecho de 30 a 34 anos). Um 27% admite distrair-se com ecrãs de dispositivos em acordare-los (mais os homens e os jovens de 18 a 23 anos). A comunidade autónoma na que se referiram mais acordares nocturnos e um maior uso de ecrãs durante os mesmos é A Rioja.

Dificuldades para levantar-se

Por outro lado, a metade mostram dificuldades para levantar pelas manhãs, requerendo o uso de alarme ou de alguém que lhes acorde num 77% dos casos. Afirmam ter a oportunidade e tempo suficientes para dormir na maioria dos casos. Os interrogados da faixa de 24 a 34 anos são os que mais admitem não os ter.

Por comunidades autónomas, os interrogados de Castilla e León e País Basco são quem mais tarde vão-se à cama quando ao dia seguinte têm uma ocupação. Enquanto os participantes de Cantabria, Baleares e Andaluzia são os que mais tarde o fazem quando ao dia seguinte têm livre. Assim, A Rioja, Baleares, Comunidade Valenciana, Astúrias, Castilla A-Mancha e Canárias são as comunidades autónomas onde mais tendência há a dormir menos do tempo recomendado.

Problemas de saúde mental

O relatório analisa também o estado de saúde mental dos jovens e sua relação com a falta de descanso e, neste sentido, indica que um da cada três (29,3%) afirma ter um problema de saúde mental diagnosticado. Assim, o 19% atribui os problemas de insónia a transtornos de saúde mental.

A ansiedade e a depressão são as doenças mais comuns neste grupo de idade, com um 21 e 11% respectivamente. Entre as emoções mais frequentes, um 69% admite ter estado "estresado ou nervoso" com frequência no último mês, bem como "desanimado" (58%).

As principais causas da insónia

As principais causas às que atribuem os sintomas de insónia são: problemas de saúde mental (19%), transtornos do sonho diagnosticados (13%), efeitos secundários de um medicamento (9%), doenças médicas (9%), e consumo de álcool (6%) e de alguma outra droga (6%).

Neste contexto, de 83,5% dos jovens que reconhece ter sintomas relacionados com a insónia, unicamente o 12,8% cumpriria critérios clínicos de transtorno de insónia crónica (TIC); o 6,8% seria compatível a síndrome de atraso de fase (SFR), caracterizado por uma demora no sonho/vigília com respeito ao ciclo dia/noite; bem como a síndrome de sonho insuficiente (SSI), cujos sintomas sofre o 3,8% dos jovens e que se define como o sonho mais curto do recomendável para a idade.

Os sintomas

Os principais sintomas diurnos como consequência de dormir mau ou menos do necessário pela noite são: cansaço ou fadiga (54%), dor de cabeça (40%), mau humor ou irritabilidad (34%), problemas de atenção, concentração ou memória (30%), somnolencia diurna (29%), falta de motivação ou iniciativa (29%), preocupação ou insatisfação com o sonho (26%), dificuldades de rendimento académico ou trabalhista (21,5%), complicações na conduta, como hiperactividad ou impulsividad (12%), etcétera.

O consumo de estimulantes

Por outro lado, a encuesta destaca um elevado consumo de substâncias estimulantes como nos jovens já que o 62% afirma consumir café, o 35% chá, o 46% refrescos de bicha com cafeína, e o 25% consomem bebidas energéticas com cafeína.

O álcool é a substância depresora mais consumida entre os jovens interrogados, referindo um 39% deles um consumo de ao menos uma vez ao mês e, num 10% dos casos se admite que a razão de consumir álcool pela noite é para conciliar o sonho. Por outro lado, o cannabis é consumido por um oito por cento dos jovens e, destes, o 63% refere que o consomem pela noite como ajuda a dormir, ascendendo ao 73% na faixa de maior idade (30-34 anos).

Remédios sem receita

Assim mesmo, um 15% dos jovens afirma consumir remédios sem receita (melatonina, preparados de ervas, cannabidiol, doxilamina) como ajuda para dormir, habitualmente de forma ocasional (3% a cada dia ou quase a cada dia, 4% 1-3 vezes por semana, 8% 1-3 vezes ao mês). Não há diferenças em seu consumo entre sexos e se consome mais na faixa mais jovem, de 18-23 anos (19%).

Os fármacos hipnóticos para dormir com receita são consumidos por um 9% dos jovens, habitualmente de forma semanal.

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