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Consumo abre expediente sancionador a várias aerolíneas low cost por cobrar a bagagem de mão

Através desta prática de desgajar serviços tradicionalmente incluídos no preço do bilhete, estas companhias oferecem em sua publicidade preços muito competitivos

Ana Carrasco González

Um avião da Volotea descola / FLICKR CREATIVE COMMONS

O Ministério de Consumo tem aberto o primeiros processes sancionadores a várias aerolíneas de baixo custo pela cobrança de sobrecostes na bagagem de mão transportado em cabine, das quais, quatro das companhias são Ryanair, Vueling, Easyjet e Volotea.

O ministério, através da Direcção Geral de Consumo, tem ampliado o caso aos sobrecostes aplicados a outros serviços que tradicionalmente se incluíam no preço do bilhete, como a reserva do assento contíguo a outro passageiro no caso de menores ou pessoas dependentes.

Um posicionamento privilegiado

Assim, através desta prática de "desgajar serviços" tradicionalmente incluídos no preço do bilhete e cobrar ao passageiro um suplemento por eles, o Ministério de Consumo tem advertido que "estas companhias oferecem em sua publicidade preços muito competitivos".

Um avião de Ryanair num aeroporto / RYANAIR

"Isto lhes permite ter um posicionamento SEO privilegiado nos motores de busca e nos comparadores com respeito a competidores que sim incluem estes serviços no preço do bilhete que se anuncia no comparador", tem explicado o Ministério.

A multa

Estas práticas infringem o artigo 47 do Texto Refundido da Lei Geral de para a Defesa de Consumidores e Utentes e são concorrência do Ministério de Consumo ao amparo do disposto no artigo 52bis apartado 5. Quanto às sanções previstas, as multas podem ser dentre 10.001 e 100.000 euros, no caso das infracções graves, e entre 100.001 e 1.000.000 de euros no caso das muito graves.

Assim mesmo, supondo que o benefício ilícito obtenidou pelas práticas infractoras superasse ditas quantidades, as sanções poderiam atingir até entre quatro e seis vezes o benefício ilícito obtido, para as infracções graves, e entre seis e oito vezes o benefício ilícito obtido no caso das muito graves.