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Pedir na Telepizza pelo WhatsApp pode-te deixar sem jantar

A empresa aposta na aplicação de mensagens instantâneas, no entanto, alguns utilizadores queixam-se do caos com as entregas e a gestão de pedidos

Encomendar na Telepizza pelo WhatsApp pode deixá-lo sem jantar / TELEPIZZA
Encomendar na Telepizza pelo WhatsApp pode deixá-lo sem jantar / TELEPIZZA

O passado 6 de julho, Juan José Franco leu a notícia da nova opção oferecida pela Telepizza de pedir ao domicílio através do WhatsApp. Era quarta-feira e o jovem, que ainda não tinha o jantar preparado, decidiu adicionar esse contacto à sua agenda do telemóvel. "Pedi o que costumo pedir sempre, uma pizza familiar a gosto, aproveitando um cupão que lhe deu uma pizza média gratuita para usar esta aplicação de mensagens", detalha. No entanto, o pedido nunca chegou, o que provocou que este cliente acabasse a escrever no Twitter, enquanto lhe rugiam as tripas: "Não funciona. É uma perda de tempo".

Segundo explica este jovem à Consumidor Global, ao cabo de umas horas de ter realizado o pedido pelo WhatsApp, chamaram-o da Telepizza da praça San Antonio, em Cádiz, dizendo que não tinham recebido bem o seu pedido. "Além disso, disseram-me que já não podia beneficiar do cupão, de modo que tentei realizar o pedido de novo utilizando o telefone da minha namorada e voltou a acontecer exactamente o mesmo", queixa-se Franco. "Ao que parece, a central que opera com os pedidos de WhatsApp não chegou a enviar a encomenda ao restaurante, ainda que o bot desta app em ambas ocasiões me enviava a factura e o número do pedido", enfatiza.

Pedir uma pizza pelo WhatsApp

A Telepizza estreou o serviço de pedidos ao domicílio através do WhatsApp a 23 de junho, convertendo-se assim na única marca do sector de serviço de comida rápida em Espanha a oferecer esta opção. "Está disponível através desta rede social para todos os clientes através do telefone fixo 912 760 000. Desta forma, os para perto de 720 estabelecimentos que a marca tem actualmente no país, já oferecem esta alternativa mediante o mesmo número", informam a este meio desta companhia.

O processo é muito simples e rápido, asseguram as mesmas fontes. "O cliente só deve guardar na sua agenda do telemóvel o número de telefone e abrir uma conversa no WhatsApp. Nesse momento responder-lhe-á o assistente virtual da Telepizza, Telepi-Bot. Através de determinados comandos, guiar-lhe-á em todo o processo do pedido". No entanto, vários utilizadores e clientes da rede não consideram que tudo funcione tão fluído e ágil. Ante a estas críticas, a Telepizza escuda-se em que "o serviço acaba de ser lançado e ainda não temos números significativos (da acolhida dos utilizadores) para partilhar. No entanto, planeamos fazê-lo nuns meses", acrescentam.

Os tropeços deste serviço da Telepizza nas primeiras semanas

Depois da sua nada grata experiência, Franco assegura que não voltará a pedir a Telepizza pelo WhatsApp. "Nunca tinha tido problemas com esta rede e, no general, têm sido sempre amáveis. Alguma vez sim que demoraram muito a entregar o pedido, com 20-30 minutos de atraso, mas isso só aconteceu numa loja mais especificamente, no resto sempre costumam ser pontuais", reconhece este cliente que não conseguiu contactar com a central para que lhe dessem uma solução. No entanto, não é o único que sofreu problemas com esta nova modalidade.

Miguel Herrera ficou sem jantar no passado dia 4 de julho. Segundo conta a este meio, depois de levar mais de 45 minutos à espera pelo seu pedido, decidiu ligar ao número que lhe ofereciams ó para se surpreender ao descobrir que não tinha sido processado. "Pedi duas pizzas médias. Mandaram-me o resumo do meu pedido e a confirmação do mesmo. Após uma hora, liguei à Telepizza onde supostamente iam redirigir o pedido, e dizem-me que não existe. E tratam-me como um louco ao dizer-lhe que o tinha processado pelo WhatsApp. Tinha inclusive o comprovativo de que sim estava realizado", narra Herrera.

Captura de la conversación de Miguel Herrera pidiendo a Telepizza por Whatsapp / Captura cedida por Miguel Herrera
Captura da conversa de Miguel Herrera pedindo a Telepizza pelo WhatsApp / Captura cedida por Miguel Herrera

"2022 é um ponto de inflexão" para a empresa

Face a estas queixas, a equipa de atendimento ao cliente da rede afirma que "se põem de imediato em contacto com o cliente afectado para tentar resolvê-las o antes possível com o apoio da equipa técnica do WhatsApp". Da Telepizza realçam que contavam com este tipo de falhas nas primeiras semanas da sua implementação.

"Pomos à disposição do cliente diferentes vias de contacto, bem como manuais para o uso deste novo serviço", destaca a empresa. No entanto, confessa que contempla fazer melhorias neste novo serviço. "Este 2022 é um ponto de inflexão para a marca em matéria de digitalização, com a actualização e lançamento de novas ferramentas que melhorem a experiência do cliente, como a nova app, site e serviço WhatsApp", conclui.

O poder do WhatsApp (se se usa bem)

Por sua vez, Sheila Hernández, perita em Comunicação e Redes Sociais, comenta à Consumidor Global que "cada sector tem uma forma diferente de abordar as redes sociais. Que a Telepizza tenha decidido implantar este novo modelo nas suas entregas para se aproximar mais aos clientes, não significa que lhes vá ir bem, porque não se sabe se este método funcionará bem para este tipo de negócios".

89% da população espanhola utiliza WhatsApp no seu dia a dia, sendo a rede social favorita de 97% dos jovens espanhóis entre 14 e 24 anos, que destacam a sua imediatez e facilidade de uso. "Mas, há que ter em conta que há pessoas que não estão adaptadas a estas tecnologias. Se trata-se de facilitar às pessoas as coisas, pode ser que não seja o método correcto, e mais se se estão a ver já vários problemas. Mas o tempo dirá", finaliza Hernández.

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