Loading...

Confirmado: o modo no que tens que compartilhar a Loteria de Natal para não te levar sustos

Todo o que precisas saber e ter em conta para a Loteria de Natal: riscos, fraudes e como te proteger ao usar apps e pagamentos móveis

Rocío Antón

Una persona escoge un décimo de lotería EP

A menos de um mês do Sorteio de Natal, a tradição mais emblemática do 22 de dezembro tem dado o salto definitivo ao ecossistema digital. E ainda que pára muitos lares no dia do sorteio converte-se num momento muito especial, o verdadeiro é que em Consumidor Global —a risco de parecer "aguafiestas"— preferimos falar dos perigos com os que te podes encontrar dantes de te proporcionar conselhos.

Uma pessoa com um décimo de Loteria / EUROPA PRESS - JESÚS HELLÍN

Compartilhar um décimo já não implica fotocopias nem papeletas manuscritas: agora, três em cada quatro espanhóis usam WhatsApp para organizar suas participações, enquanto o pagamento da parte correspondente se transladou a Bizum como se fosse uma assinatura mais.

A Loteria de Natal digitaliza-se: WhatsApp, Bizum e novas ameaças num ritual que já viaja pelo móvel

A digitalização tem simplificado a logística, mas tem aberto a porta a novos riscos. Administrações de loteria e experientes em consumo coincidem: compartilhar um décimo por meios digitais exige mais que boa fé. A União de Consumidores de Espanha (UCE) faz questão de que as apps são práticas, sim, mas requerem um uso responsável para evitar malentendidos… ou cair em fraudes mais sofisticadas.

Uma pessoa envia um Bizum / EP- BIZUM

Entre as recomendações mais destacadas encontram-se:

  • Especificar claramente em Bizum o número do décimo e a quantidade contribuída.

  • Criar um único grupo de WhatsApp onde todos os participantes confirmem sua identidade, incluindo nome e RG.

  • Guardar e compartilhar justificantes digitais do pagamento entre os membros do grupo.

  • Redigir um pequeno acordo informal, ainda que seja numa nota de móvel: participantes, quantidades, número do décimo e data de rendimento.

  • Evitar redes WiFi públicas, manter actualizadas as apps bancárias e proteger as contas com sistemas de verificação.

A UCE recorda ademais que só os décimos oficiais têm validade em caso de prêmio e que Fazenda cobra protagonismo se o custo supera os limites isentos. Digitalização ou não, a esencia segue aí: ilusão, superstição e a esperança de que neste ano "o Gordo" também viagem por WhatsApp.

Fraudes clássicas da Loteria de Natal que regressam

À medida que aumenta compra-a de décimos e participações, também o faz a actividade dos estafadores. A Polícia Nacional adverte:

Os clássicos não desaparecem. A conhecida fraude do tocomocho segue ativo: um desconhecido intercepta à vítima, assegura ter um décimo premiado e oferece vender por uma quantidade elevada. O falso boleto costuma ir acompanhado de uma notícia manipulada ou uma fotocopia do jornal para contribuir credibilidade. A maioria das vítimas são pessoas maiores.

Uma administración que repartiu o segundo prêmio do Sorteio Extraordinário de Natal em 2024 / EP

Mas o terreno digital tem multiplicado os métodos:

  • Vishing (telefonemas telefónicos suplantando a entidades fiáveis).

  • Smishing (SMS que informam falsamente de ter sido premiado).

  • Mensagens em redes sociais que tentam roubar dados pessoais ou chaves bancárias.

Por isso, a Polícia tem difundido um decálogo actualizado para evitar cair em armadilhas durante o período navideño.

O decálogo de segurança da Polícia Nacional: tecnologia sim, mas com prudência

Décimos de Loteria / EP
  1. Comprar exclusivamente em pontos autorizados, tanto físicos como digitais. Em Espanha existem mais de 11.000 estabelecimentos legais. Evitar por completo compras na rua ou a pessoas desconhecidas.

  2. Se compra-a é on-line, verificar que o site seja seguro: cadeado na barra de direcções e "https" ao início da URL.

  3. Guardar todos os justificantes digitais: correios de confirmação, capturas de ecrã, recibos e dados da página site.

  4. Desconfiar de qualquer mensagem suspeita que anuncie prêmios não solicitados, inclusive se parece provir de uma instituição legítima. Não chamar a números proporcionados, não fincar enlaces nem compartilhar códigos de verificação.

  5. Revisar que o décimo físico inclua elementos de segurança: logo, códigos e marcas oficiais para evitar adquirir um falsificado.

  6. Ao compartilhar um décimo com amigos ou familiares, fotocopiarlo ou fotografá-lo, indicando nome dos participantes e quantidade contribuída.

  7. Em zonas com muita afluencia, manter especial atenção a timadores e descuideros, especialmente ao retirar dinheiro em caixas ou comprar vários décimos ao mesmo tempo.

  8. Guardar uma foto nítida do décimo, com número, série e fracção. Isto pode salvar uma reclamação em caso de perda, deterioração ou roubo.

  9. Se encontra-se um décimo perdido, entregar numa delegacia. Graças ao número de série pode identificar ao proprietário.

  10. Em caso de roubo ou extravio, denunciar imediatamente e notificá-lo a Loterias e Apostas do Estado, inclusive se o custo não é elevado.

A Polícia recorda também que os prêmios podem se cobrar durante os três meses posteriores ao sorteio e que os décimos devem se encontrar em perfeito estado para se considerar válidos.

Tradição, tecnologia e o repto da ciberseguridad

A transição da Loteria de Natal para os canais digitais tem sido natural e quase inevitável. A comodidade de organizar grupos, pagamentos imediatos e verificações on-line tem mudado a forma de participar. Mas a segurança segue sendo o ponto crítico: quanto mais digital é uma tradição, maior é a responsabilidade do utente.

Uma menina ensaya o Sorteio Extraordinário da Loteria de Natal, no colégio de San Ildefonso/ CEDIDA

Neste ano, a ilusão viaja em forma de mensagens, capturas, grupos e transferências instantâneas. Mas manter essa ilusão intacta depende, mais que nunca, de um uso consciente e seguro da tecnologia.

Com um pouco de sorte —e muitas precauções— quiçá o próximo 22 de dezembro o prêmio também chegue com notificação push.