A atenção geriátrica enfrenta-se a um desafio crescente devido ao envejecimiento demográfico. Os maiores de 65 anos representam mais de 20% da população em Espanha e o 7,3% supera os 80 anos. Na Comunidade de Madri (CAM), há 47.4000 pessoas maiores de 65 anos, das quais mais de 26.000 são maiores de 80.
A Previdência madrilena está a realizar importantes esforços para adaptar seus serviços às necessidades de uma população a cada vez mais envelhecida. Segundo os últimos dados do Serviço de Saúde de Madri (SERMAS), correspondentes ao mês de janeiro, os hospitais da CAM registam um bom desempenho em listas de espera de consultas externas de Geriatría. Entre os de grande complexidade destaca A Fundação Jiménez Díaz (FJD) com tão só 8,07 dias de espera média, tempo que tem reduzido ademais com respeito ao mês de dezembro em 4,38 dias (12,45); segue-lhe em menores tempos de espera o Hospital Universitário Ramón e Cajal com 10,81 dias; o Hospital Universitário Porta de Ferro Majadahonda, 17,45 dias; o Hospital Geral Universitário Gregorio
Marañón, 21,47; e o Hospital Clínico San Carlos, com 28,35 dias. O Hospital Universitário La Paz, supera no mês de demora com 47,61 dias.
Avançada atenção geriátrica
Estes hospitais distinguem-se, ademais, por sua avançada atenção geriátrica. O Hospital Universitário Fundação Jiménez Díaz destaca em Geriatría com um enfoque multidisciplinario e especializado. Conta com unidades específicas de Ortogeriatría, Cardiogeriatría, Oncogeriatría, Hematogeriatría e Urogeriatría. Um ponto finque da FJD é sua aposta pela continuidade asistencial colaborando com residências e centros de saúde para assegurar que os pacientes maiores tenham um rastreamento adequado depois de ser cadastrados. Ademais, a Fundação fomenta a investigação geriátrica e aplica tecnologia inovadora para melhorar o diagnóstico e tratamento de doenças associadas à idade.
O Hospital Universitário Ramón e Cajal oferece um serviço de Geriatría, estabelecido em 1993 que presta atenção especializada a pessoas maiores de 75 anos com problemas de saúde complexos. Conta com unidades específicas como a de Geriatría de Agudos e Ortogeriatría, e trabalha em estreita colaboração com outros serviços hospitalarios para proporcionar uma atenção integral. Ademais, também mantém um ativo labor investigador em Geriatría. Por sua vez, o Hospital Universitário Porta de Ferro Majadahonda destaca por oferecer consultas externas de Geriatría geral e monográficas para patologias específicas, o que permite uma atenção ambulatoria especializada para pacientes maiores.
O Hospital Universitário Gregorio Marañón conta com um serviço de Geriatría que destaca por sua valoração geriátrica integral, atenção a pacientes com demência e deterioração cognitiva, e programas de prevenção de fragilidade e sarcopenia. Seu enfoque é multidiciplinar, com equipas que incluem geriatras, enfermaria especializada e trabalhadores sociais. Também o Hospital Clínico San Carlos dispõe de consultas externas de Geriatría, com atenção integral ao paciente maior, incluindo valoração geriátrica, atenção a doenças neurodegenerativas e programas de
reabilitação.
Hospitais em media complexidade
Quanto às listas de espera para consultas externas de Geriatría nos hospitais em media complexidade, -que atendem um menor volume de pacientes e casos menos complexos-, a demora é quase inexistente no Hospital Universitário Fundação Alcorcón (1 dia) e no Hospital Universitário Príncipe de Astúrias (1,5 dias). Entre uma e duas semanas de espera registam o Hospital Universitário Geral de Villalba (8,15 dias), o Hospital Universitário Rei Juan Carlos (8,97 dias), o Hospital Universitário de Móstoles (11,14 dias) e o Hospital Universitário Infanta Leonor (12,61 dias). As esperas rondam no mês no Hospital Universitário Severo Ochoa (22,08 dias), o Hospital Universitário de Getafe (31,84 dias) e o Hospital Universitário Infanta Sofía (37,06 dias).
Os hospitais em media complexidade madrilenos também realizam esforços para oferecer assistência especializada aos pacientes mais maiores. O Hospital Universitário Infanta Leonor tem implementado o projecto "Hospital Amável para a Pessoa Maior", orientado a adaptar o meio hospitalario às necessidades específicas dos pacientes idosos, melhorando assim sua experiência e atenção durante a
hospitalização. O Hospital Universitário Infanta Sofía tem obtido a acreditação internacional GEDA de bronze, que certifica a qualidade no tratamento de pacientes de maior idade no serviço de urgências, aplicando medidas para evitar complicações durante sua estadia hospitalaria. Por sua vez o Hospital Universitário de Móstoles destaca em cuidados paliativos, atendendo a pacientes maiores com diversas patologias, e conta com uma equipa multidisciplinario que aborda aspectos clínicos, emocionais e sociais, tanto em consultas e como em atenção domiciliária.