Luta contra a obesidad: os tratamentos mais efetivos para atingir um peso saudável

As nutricionistas Anna Vila e Laura García, de Quirón Saúde, explicam a Consumidor Global as estratégias médicas, nutricionais e endoscópicas para enfrentar esta doença

Una balanza para controlar el peso y luchar contra la obesidad   UNSPLASH
Una balanza para controlar el peso y luchar contra la obesidad UNSPLASH

A obesidad é uma das poucas doenças evidentes a simples vista, na que os pacientes costumam sentir culpa ao ir ao médico e, quiçá, a única na que muitos profissionais da saúde atribuem a responsabilidade a quem a padecem.

É uma das principais preocupações de saúde pública na actualidade, afectando a milhões de pessoas em todo mundo e aumentando o risco de doenças crónicas como a diabetes tipo 2, a hipertensión arterial e as doenças cardiovasculares. Seu tratamento requer um enfoque integral e personalizado que combine hábitos saudáveis, apoio profissional e, em alguns casos, opções médicas avançadas.

O papel finque da alimentação e a educação nutricional

"Os hábitos alimentares têm uma grande importância no tratamento da obesidad, já que uma alimentação adequada e equilibrada com alimentos de qualidade influi positivamente na composição e saúde corporal", comentam a nutricionista de Quirón Saúde, Laura García, a Consumidor Global.

Una persona con obesidad / Lino Mirgeler - EP
Uma pessoa com obesidad / Lino Mirgeler - EP

Ademais, García destaca que "a educação nutricional é fundamental no tratamento desta doença, já que permite às pessoas desenvolver uma relação saudável com a comida e adquirir ferramentas para gerir sua alimentação de maneira autónoma e sustentável".

Um erro comum ao tentar perder peso

Um dos erros mais comuns ao tentar perder peso é seguir dietas demasiado restritivas e genéricas que não têm em conta as necessidades individuais. García assinala que "um dos erros mais comuns ao tentar perder peso por conta própria é seguir uma alimentação excessivamente restritiva e deficiente em nutrientes, sem ter em conta as necessidades individuais".

Isto pode gerar "descontrolo alimentar, aumentar a sensação de fome e provocar pensamentos constantes sobre a comida", o que leva ao abandono da dieta.

A importância da personalização

Neste sentido, a especialista de Quirón Saúde realça a importância da personalização. "O sucesso de uma dieta personalizada, a diferença de uma regular, baseia-se em sua capacidade para adaptar às necessidades, preferências e objectivos individuais, o que a faz mais sustentável e efetiva em longo prazo", explica.

Estas dietas "consideram a idade, sexo, situação pessoal, nível de actividade física e patologias", garantindo um balanço adequado de nutrientes e facilitando a aderencia ao plano nutricional.

A chave para o sucesso

O tratamento da obesidad não deve se abordar de maneira isolada. Um enfoque integral implica a colaboração de diferentes especialistas, como nutricionistas, endocrinólogos, psicólogos e treinadores físicos.

"O tratamento da obesidad deve abordar-se de maneira integral e personalizada, considerando na cada paciente os benefícios de uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercício, junto com terapia conductual, tratamento farmacológico, procedimentos endoscópicos e cirurgia bariátrica", explica García.

A importância do exercício físico

O exercício é um pilar fundamental em qualquer plano de perda de importância. "A actividade física joga um papel fundamental na perda de importância e na manutenção desta perda em longo prazo", assinala o especialista de Quirón Saúde.

Combatir la obesidad no se trata solo de números en una báscula, va mucho más allá/ PEXELS
Combater a obesidad não se trata só de números numa báscula, vai bem mais lá/ PEXELS

"Em diferentes estudos concluiu-se que não só ajuda a perder peso, sina que a combinação do exercício aeróbico (nadar, andar…) junto com treinamento guiado de força resulta numa maior redução da gordura corporal e um incremento (ou manutenção) da massa muscular", acrescenta.

Tratamentos médicos e farmacológicos

Para alguns pacientes, as mudanças na alimentação e o exercício por si sozinhos não são suficientes para conseguir uma perda de importância efetiva e sustentada. Nestes casos, é necessário considerar tratamentos médicos adicionais. "Estes tratamentos estão indicados para pessoas com um Índice de Massa Corporal (IMC) de 30 kg/m² ou mais, ou de 27 kg/m² ou mais se apresentam doenças associadas como diabetes ou hipertensión", explica a nutricionista Anna Vila, de Quirón Saúde. Ademais, podem recomendar-se quando as estratégias convencionais têm falhado, o controle do apetito é insuficiente, se requer preparação para uma cirurgia bariátrica ou quando esta última não é uma opção viável.

Entre os fármacos mais inovadores encontram-se os agonistas do GLP-1, como semaglutida e tirzepatida, que "reduzem o apetito e melhoram o controle metabólico". Outros medicamentos como "naltrexona/bupropión, que modula o desejo de comer, e fentermina/topiramato, que actua como supresor do apetito", também têm mostrado bons resultados. "Quanto a segurança, os mais utilizados (GLP-1) têm efeitos adversos leves como náuseas e estreñimiento, ainda que podem aumentar o risco de pancreatitis ou problemas gastrointestinales graves em casos raros", adverte.

Procedimentos endoscópicos para a obesidad

Quando a perda de importância não se consegue só com mudanças no estilo de vida, os tratamentos endoscópicos podem ser uma opção eficaz e menos invasiva que a cirurgia bariátrica. "Os mais utilizados são a bola intragástrico e a endorreducción gástrica mediante as diferentes técnicas de sutura", explica Vila. "A bola intragástrico é uma prótesis temporária que ocupa espaço no estômago para reduzir a ingestão, com uma duração de 6-12 meses. A endorreducción gástrica consiste em suturas endoscópicas que reduzem o volume gástrico de forma permanente, imitando os efeitos de uma cirurgia bariátrica, mas sem incisiones", detalha.

Estes procedimentos requerem um compromisso com mudanças no estilo de vida para conseguir resultados sustentáveis. "Os pacientes podem esperar uma perda de importância dentre o 10% e o 20% do peso inicial em 6-12 meses, dependendo do procedimento e sua aderencia a mudanças no estilo de vida", aclara a experiente.

Prevenção de recaídas e manutenção do peso perdido

Um dos maiores desafios depois da perda de importância é evitar a recuperação. "Prevenir as recaídas de importância é um dos grandes desafios da actualidade", destaca Anna Vila.

"Para prevenir esta situação há três pontos finque: assistir regularmente às visitas de rastreamento com os profissionais da saúde; estabelecer metas, planos de contingencia e identificar emoções ou situações que dificultam o rastreamento das pautas; e finalmente, o manejo do estrés, já que tem-se visto que aquelas pessoas que praticam técnicas de manejo do estrés e das emoções como a meditación têm menos probabilidades de recaer em hábitos pouco saudáveis", sublinha.

Expectativas realistas

O sucesso em longo prazo depende de manter hábitos alimentares saudáveis e actividade física regular. "Estes procedimentos não substituem a cirurgia bariátrica em casos de obesidad severa, mas são uma opção menos invasiva com resultados sustentáveis se se seguem as recomendações médicas", aponta a nutricionista de Quirón Saúde. "Ademais, o aparecimento de novos fármacos para a perda de importância potência os resultados quando se utilizam de maneira concomitante, favorecendo uma redução mais significativa e sustentada do peso corporal", acrescenta.

Una persona hace ejercicio en un gimnasio / PEXELS
Uma pessoa faz exercício num gimnasio / PEXELS

O tratamento da obesidad não tem uma solução única, sina que requer um enfoque personalizado e multidisciplinario. Com o apoio adequado e estratégias efetivas, é possível atingir e manter um peso saudável de forma sustentável e melhorar significativamente a qualidade de vida.