Os cinco grandes hospitais madrilenos com menos de um mês de espera para consultas de Urología

Entre os centros de grande complexidade da Comunidade de Madri destaca a Fundação Jiménez Díaz, onde é possível marcar uma consulta com o urólogo em tão só uma semana

Un experto en urología aconseja a un paciente sobre cómo prevenir el cáncer de próstata FREEPIK
Un experto en urología aconseja a un paciente sobre cómo prevenir el cáncer de próstata FREEPIK

Segundo os últimos dados do Sistema de Listas de Espera (SISLE), correspondentes a dezembro de 2024, o tempo médio de espera em Espanha para uma consulta de Urología é de 95 dias. Na Comunidade de Madri (CAM), este prazo reduz-se a 38 dias, o que supõe 57 dias menos que a média nacional. Madri é a terceira comunidade com menor tempo de espera do país, só por trás de Cantabria (28 dias) e Castilla-A Mancha (35), apesar de enfrentar uma maior pressão asistencial. Em mudança, em comunidades com uma demanda similar à madrilena, como Cataluña ou Andaluzia, os tempos de espera se elevam até os 165 e 124 dias, respectivamente.

Um dos factores que explicam os tempos competitivos em Madri é o modelo de organização de seus hospitais, especialmente os de alta complexidade, que assumem tanto uma maior demanda asistencial como os casos mais complexos. Entre eles, destaca a Fundação Jiménez Díaz, de gestão público-privada, que regista o menor tempo de espera para uma consulta de Urología com mal uma semana (7,07 dias). Seguem-lhe o Hospital Universitário dA Princesa, com 17,02 dias; o Ramón e Cajal, com 20,21 dias; o Hospital Clínico San Carlos, com 23,19 dias; e o Gregorio Marañón, com 26,35 dias. Em todos eles é possível aceder a uma consulta de Urología em menos de um mês. O resto dos centros madrilenos de alta complexidade estão acima do mês de espera, ainda que muito afastados da média nacional de 95 dias: O Hospital Universitário La Paz: 34,91 dias; o Hospital 12 de Outubro: 39,64 dias e o Hospital Porta de Ferro Majadahonda: 48,64 dias.

Hospital Clínico San Carlos / EUROPA PRESS - RICARDO RUBIO
Hospital Clínico San Carlos / EUROPA PRESS - RICARDO LOIRO
Entre os hospitais em media complexidade madrilenos, que absorvem uma demanda menor e casos menos complexos, apresentam tempos competitivos: o Hospital Universitário Infanta Leonor: 6,3 dias; o Hospital Infantil Universitário Menino Jesús: 9,41; o Hospital Universitário de Fuenlabrada: 14,5; o Hospital Universitário Rei Juan Carlos: 16,13; o Hospital Universitário Geral de Villalba: 19,57; o Hospital Central da Defesa Gómez Ulla: 20,79; o Hospital Universitário de Torrejón: 28,13; e o Hospital Universitário de Getafe: 28,94 dias. Tão só superam no mês de espera o Hospital Universitário Fundação Alcorcón: 33,31 dias; o Hospital Universitário Infanta Sofía: 34,16; o Hospital Universitário Severo Ochoa: 39,24; o Hospital Universitário de Móstoles: 50,44; e o Hospital Universitário Príncipe de Astúrias, 54,53 dias.

Hospitais com menor tempo de espera para consultas externas

Aceder a uma consulta médica especializada num prazo razoável segue sendo um dos grandes reptos do sistema sanitário público em Espanha. As listas de espera variam consideravelmente entre especialidades e também entre comunidades autónomas e hospitais, influídas por factores como a pressão asistencial, a gestão hospitalaria ou a disponibilidade de recursos.

Em conjunto, e relativo a consultas externas, segundo os últimos dados do SISLE, Madri com 72 dias regista 33 dias menos de demora que a média nacional de 105 dias. Mais especificamente, ocupa o quarto lugar entre as comunidades com menor tempo de espera de toda Espanha, só por trás do País Basco (43 dias), Castilla-A Mancha (60) e Galiza (61). Em Cataluña e Andaluzia —regiões com uma pressão hospitalaria similar à de Madri— um paciente deve esperar 110 e 150 dias, respectivamente. Outras comunidades que superam os 100 dias de espera são Canárias (157 dias), Navarra (154), Aragón (128) e Extremadura (125).

Hospital Materno Infantil de Badajoz
Hospital Materno Infantil de Badajoz

A capacidade de resposta de alguns hospitais madrilenos permite aceder a consultas com o especialista em tempos ainda mais reduzidos. É o caso do Hospital Universitário Geral de Villalba (24,28 dias), a Fundação Jiménez Díaz (27,14), o Hospital Universitário Rei Juan Carlos (28,88) e o Hospital Universitário Infanta Elena (30,05).

As consultas externas mais colapsadas

Por especialidades, segundo o SISLE, Dermatología, Neurología e Traumatología são as que maior demora apresentam a nível nacional para consultas externas com 131; 129 e 119 dias respectivamente. Madri também apresenta tempos de espera bem mais baixos nas especialidades mais colapsadas. Assim para pára Dermatología são 101 dias (30 dias menos da média nacional); para Neurología 75 dias ( 54 menos da média) e para Traumatología 81,3 (37,7 dias menos).

Uma gestão eficiente nos hospitais de alta complexidade da Comunidade de Madri contribui a reduzir significativamente os tempos de espera. A Fundação Jiménez Díaz sobresale neste aspecto, situando entre os centros com menores demoras tanto a nível autonómico como nacional: 24,66 dias em Neurología, 23,24 dias em Traumatología e 34,75 dias em Dermatología. Outros hospitais de referência que também apresentam bons indicadores nestas especialidades são o Hospital Geral Universitário Gregorio Marañón —com 25,48 dias de espera em Neurología, 22,78 em Traumatología e 37,63 em Dermatología— e o Hospital dA Princesa, que regista 30,76 dias em Traumatología.

Fachada del Hospital Universitario Gregorio Marañón en Madrid / COMUNIDAD DE MADRID
Fachada do Hospital Universitário Gregorio Marañón em Madri / COMUNIDADE DE MADRI

Para os pacientes, reduzir os tempos de espera para consultas externas significa obter um diagnóstico mais rápido e, em consequência, iniciar um tratamento adequado sem demoras desnecessárias. A celeridade é especialmente importante em especialidades como Neurología ou Traumatología, onde o tempo pode jogar um papel determinante na evolução do paciente.