Loading...

Confirmado pela IA: estas são as profissões que poderiam desaparecer em menos de cinco anos

Tens medo de que as máquinas dominem o mundo? Em Consumidor Global quisemos-lhe perguntar a estas mesmas sobre que profissões têm mais perigo de desaparecer por causa da incursão da Inteligência Artificial de aqui a cinco anos

Rocío Antón

(1500 x 1000 px) 2025 03 27T142819.474

A transformação tecnológica e as mudanças nos modelos de negócio estão a redefinir o mercado trabalhista a um ritmo sem precedentes. Com a automação, a inteligência artificial e a digitalização avançando a passos agigantados, algumas ocupações tradicionais poderiam enfrentar um futuro incerto.

A seguir, analisa-se um panorama das profissões que poderiam desaparecer ou se transformar radicalmente nos próximos cinco anos.

1. Caixas e dependentes de lojas

A automação no sector varejista está a acelerar-se com o auge das caixas de autoservicio e sistemas de pagamento móvel. Grandes correntes e supermercados já têm implementado tecnologias que permitem realizar transacções sem a intervenção humana com as caixas de autopago que já podemos ver tanto em supermercados como em lojas do sector retail (Inditex foi pioneira em isto precisamente).

Um caixa de supermercado cobrando a uma família / FREEPIK - drobotdean

No curto prazo, esta tendência poderia reduzir a necessidade de caixas tradicionais, transformando seus papéis para funções mais especializadas, como a atenção ao cliente ou a gestão de incidências.

2. Operadores de telemarketing

O telemarketing, historicamente baseado na aplaudida habilidade- e às vezes molesto- labor de fazer telefonemas em frio, está a ser substituído por sistemas de atenção automatizada e chatbots que utilizam algoritmos de inteligência artificial para interatuar com os clientes desde telefonemas de telefone ou chats nos ecommerce.

Com melhoras constantes no processamento da linguagem natural, é provável que estas ferramentas se voltem tão eficientes que a figura do operador de telemarketing se volte redundante em muitos sectores.

3. Trabalhadores em atenção ao cliente

Ainda que o serviço ao cliente é fundamental para muitas empresas, a atenção inicial está a transladar-se a interfaces digitais e assistentes virtuais. Os centros de contacto estão a integrar chatbots e sistemas automatizados capazes de resolver problemas comuns em chats em linha, o que reduz a necessidade de uma grande quantidade de agentes humanos.

Isto não significa o fim do trabalho em atenção ao cliente, sina uma reestruturação do papel para funções que requerem maior empatía e resolução de problemas complexos.

4. Condutores e profissionais do transporte

A indústria do transporte está à beira de uma revolução com o desenvolvimento acelerado de veículos autónomos. Empresas de logística e transporte, bem como plataformas de mobilidade, estão a investir em tecnologias que permitam a condução automática sem intervenção humana.

Num futuro próximo, poderíamos ver uma diminuição drástica na demanda de condutores de camiões, táxis e autocarros, transformando estes postos em papéis de supervisão e manutenção de sistemas automatizados, tipo controladores aéreos.

5. Agentes de viagens tradicionais

Com o auge das plataformas em linha e os aplicativos de reserva, o planejamento e contratação de viagens digitalizou-se quase por completo. Os agentes de viagens tradicionais, que costumavam oferecer assessoria personalizada e gerir itinerarios, têm visto mermar sua demanda.

Ainda que alguns experientes acham que o toque humano seguirá sendo valorizado em certos segmentos do turismo de luxo ou viagens personalizadas, para o turista média, as opções digitais em formato comparador de preços tipo Skyscanner ou Rastreator seguirão ganhando terreno.

6. Funcionários de fábricas: o perigo da automação das máquinas

No âmbito industrial, a transformação digital e a automação estão remodelando radicalmente o panorama trabalhista nas fábricas. Por exemplo, nas linhas de montagem, os robôs substituem tarefas repetitivas, trabalhando sem fadiga e com maior precisão, o que reduz erros e aumenta a eficiência.

O controle de qualidade, dantes realizado por inspectores, agora o executam sistemas de visão por computador em tempo real, diminuindo a intervenção humana. Ademais, a logística interna, incluindo o manejo de inventários e o transporte de materiais, gere-se a cada vez mais com veículos guiados automaticamente e drones, optimizando estes processos e reduzindo a necessidade de funcionários.

7. E também no jornalismo?

A IA já está a transformar alguns aspectos do jornalismo à hora de redigir informação de valor, automatizando tarefas como a redacção de relatórios básicos ou a análise de dados. No entanto, o jornalismo de investigação, a análise crítica e a interpretação de contextos complexos requerem habilidades humanas como a empatía, a ética e a criatividade. Em lugar de suplantar completamente ao jornalista, a inteligência artificial converter-se-á numa ferramenta que, utilizada de maneira responsável, pode potenciar o labor jornalístico e permitir aos profissionais se focar em aspectos mais profundos e analíticos da informação.

Factores finque no desaparecimento de profissões

Ainda que o desaparecimento de certas profissões parece iminente, é importante destacar que este processo também pode abrir a porta a novas oportunidades trabalhistas.

A necessidade de adaptação e formação contínua será crucial para que os trabalhadores possam transitar a papéis que demandem habilidades humanas únicas, como a criatividade, o pensamento crítico e a empatía. Ademais, a transformação digital poderia gerar novas indústrias e nichos de mercado que hoje ainda são difíceis de imaginar.

1. Automação e Inteligência Artificial

A crescente implementação de tecnologias avançadas permite que tarefas repetitivas e baseadas em processos sejam realizadas de maneira mais eficiente por máquinas.

Esta automação não só reduz custos, sina que também minimiza erros e aumenta a velocidade de resposta em diversos sectores.

2. Mudança nos hábitos de consumo

A digitalização tem mudado a forma em que os consumidores procuram e adquirem serviços. Já não se procura a atenção personalizada, sina à mais rápida.

A preferência por soluções aceleradas e acessíveis em linha impulsiona às empresas a adaptar-se e a optimizar suas operações, o que impacta directamente na demanda de profissões tradicionais.

3. Economia e competitividad

Num meio globalizado, as empresas vêem-se obrigadas a reduzir custos e melhorar a eficiência para manter-se competitivas. A automação e a terceirização de serviços são estratégias que, apesar de suas vantagens económicas, podem levar ao desaparecimento de alguns postos de trabalho.

Em conclusão, a evolução tecnológica e as mudanças no comportamento do consumidor estão a configurar um futuro trabalhista muito diferente ao que conhecemos. Profissões como caixas, operadores de telemarketing, certos papéis em atenção ao cliente, condutores e agentes de viagens tradicionais estão entre as mais vulneráveis a desaparecer ou reinventarse em menos de cinco anos. A chave para enfrentar estas mudanças arraiga na resiliência, a educação e a capacidade de adaptação à nova realidade digital.