A cesta de compra-a navideña volta a encarecerse. Segundo dados difundidos nesta quinta-feira pela Organização de Consumidores e Utentes (OCU), os produtos típicos destas datas são hoje um mais 5,1% caros que faz um ano. Ademais, sete deles –entre os que destacam o cordeiro, o redondo de ternera, o presunto ibério de isca ou as ostras– têm atingido seus preços médios mais altos desde que se têm registros.
A OCU tem posto em marcha seu observatório de preços de Natal e o primeiro controle, dos três previstos, confirma a tendência ao alça. O incremento é só uma décima inferior ao 5,2% anotado em 2024. Na última década, a cesta festiva disparou-se um 57%, segundo um estudo que analisa 16 alimentos muito demandados nestas datas em mercados municipais, supermercados e hipermercados de Albacete, Bilbao, Madri, Málaga, Sevilla e Valencia.
Os sete alimentos mais caros
A falta de um mês para as celebrações, as carnes concentram as subidas mais notáveis. A organização recorda que, ante este encarecimiento, pode resultar útil substituir os produtos mais caros por carne de ave, que mantém preços mais asumibles.
Os sete alimentos que têm marcado máximos históricos são: o presunto ibério de isca (67,52 €/kg), as ostras (30,84 €/kg), o cordeiro lechal (23,18 €/kg), o redondo de ternera (20,22 €/kg), o peru (6,65 €/kg), a granada (3,18 €/kg) e a piña (2,19 €/kg).
Produtos que baixam seus preços
Dez dos dezasseis produtos analisados têm incrementado seu preço. Lideram as subidas o redondo de ternera e as ostras, ambos com um 19% mais que no ano passado. Seguem-lhes a lubina e o presunto ibério de isca (10%), o cordeiro lechal (8%), a granada (9%), a piña (8%), o peru (7%), a merluza (6%) e as almejas (6%).
No lado contrário, langostinos, angulas e percebes mantêm os mesmos preços que faz um ano. Outros produtos, como a pularda (-16%), o besugo (-3%) e a lombarda (-1%), inclusive têm baixado.
Redução do IVA
Ante as que poderiam converter nos jantares navideñas mais caras dos últimos anos, a OCU anima a planificar as compras com tempo, aproveitar ofertas e considerar alternativas mais económicas. Também aconselha adquirir marisco fresco e o congelar para esquivar eventuais subidas posteriores.
Por último, a organização insta ao Governo a reduzir temporariamente o IVA: de 4% ao 0% em alimentos básicos como frutas, verduras, legumes frescos, leite, ovos e azeite de oliva, e de 10% ao 4% em carnes e pescados.