A chegada da primavera é um motivo de felicidade para muitos consumidores, mas não só traz bom tempo, mais horas de sol e uma subida das temperaturas, sina que, por desgraça, também implica o regresso das alergias e os problemas respiratórios. Ainda que vários factores influem no empeoramiento dos sintomas, algumas zonas têm características que fazem a seus habitantes mais vulneráveis a estas afecciones.
Segundo os dados recopilados por Doctoralia, a plataforma tecnológica especializada na gestão de pacientes, clínicas e profissionais da saúde, durante 2024, Madri, Granada, Huelva, Cantabria, Málaga e Sevilla foram as províncias que encabeçaram as reservas referidas a serviços relacionados com a alergia.
Províncias com mais visitas
Ademais, as pessoas que solicitam serviços de alergología requereram de uma média de 2 sessões para se tratar. Neste sentido, as províncias de Cantabria e Valencia lideram o ranking dos territórios com mais recurrencia por paciente nas reservas de alergología, com 3,1 citas ao ano, seguidas de Cádiz, com 2,6.
Província | Recurrencia em 2024 |
Cantabria | 3,1 |
Valencia | 3,1 |
Cádiz | 2,6 |
Múrcia | 2,5 |
Granada | 2,3 |
Toledo | 2,1 |
Huelva | 2 |
Málaga | 2 |
Também destaca a recurrencia em Múrcia, onde as reservas por pessoa se incrementaram um 53% entre 2023 e 2024, passando de 1,6 a 2,5 visitas.
Factores ambientais
Em Espanha, recorda Doctoralia, as alergias mais comuns estão vinculadas a factores ambientais, especialmente em primavera e outono. Alguns dos alérgenos mais frequentes são o polen e os ácaros do pó, conquanto também há que ter em conta que a contaminação influi significativamente no desenvolvimento e a exacerbación das alergias.
Com respeito ao primeiro, destacam as gramíneas, predominantes em territórios húmidos como Cantabria; a oliveira, frequente em Andaluzia, ou o plátano de sombra, que é um das árvores urbanas mais alérgenos e está presente a muitas cidades espanholas, como Madri ou Valencia.
Ácaros do pó
Assim mesmo, segundo os dados da Sociedade Espanhola de Alergología e Inmunología Clínica (Seiac), para perto de 2 milhões de espanhóis poderiam padecer algum tipo de alergia provocada pelos ácaros. As cifras sugerem que o 25% dos casos de alergia em Espanha têm alguma relação com este alérgeno, sendo os territórios mais húmidos os mais propensos ao sofrer.
Segundo o Manual do Inventário Espanhol de Zonas Húmidas (IEZH), as comunidades com maior número e diversidade de banhados (e, por tanto, maior humidade ambiental natural) são principalmente as costeras do norte (Galiza, Astúrias, Cantabria, País Basco) e as do sul e este peninsular (Andaluzia, Comunidade Valenciana, Cataluña).
Recomendações
A doutora Encarnación Antón Casas, alergóloga e colaboradora de Doctoralia, recomenda às pessoas alérgicas ao polen "evitar ventilar ou fazer exercício a primeira ou última hora do dia". Ademais, assinala que é recomendável que usem gafas de sol ainda em dias nublados, se duchen e lavem a cara e couro cabelludo dantes de se deitar, evitem saídas ao campo e, por suposto, não se tumben no prado.
A doutora também aconselha às pessoas alérgicas aos ácaros do pó que "lavem a roupa de cama a temperatura elevada, acima dos 70 ªC, usem protetores de colchões e almohadas com tecidos antiácaros, evitem varrer, utilizem aspiradores com filtros HEPA, consertem humidades (se existem) e utilizem deshumidificadores".