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San Valentín sem despesas extra: Poupa-se mais estando em casal ou soltero?

Em Consumidor Global revelamos-te qual é o preço da vida se a compartilhas com alguém

Rocío Antón

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Viver sem compartilhar despesas pode supor um desafio financeiro importante. Segundo os últimos dados de Raisin, uma pessoa soltera gasta aproximadamente 764 € mais ao mês em comparação com alguém que vive em casal, o que sublinha a diferença económica entre ambas situações.

Em termos anuais, um soltero em Espanha precisaria um rendimento de ao menos 50.000 € para manter um nível de vida similar ao de um casal na que a cada integrante percebe 27.000 € ao ano. Isto reflete uma importante desvantagem para quem enfrentam sozinhos todas suas despesas.

O impacto económico da vida em casal em frente à soltería

As finanças jogam um papel finque nas relações de casal. Um 37 % dos espanhóis assegura que permanece em sua relação atual ou conhece a alguém que o faz principalmente por razões económicas. Assim mesmo, um 25 % dos interrogados admite que compartilha moradia com seu casal com o objectivo principal de reduzir custos.

Por outro lado, um 21 % dos consultados acha que sua relação mudaria se sua situação económica melhorasse, e um 11 % inclusive considera que, nesse caso, a relação chegaria a seu fim. Estes dados evidencian a influência direta da estabilidade financeira na vida afectiva de muitas pessoas.

A brecha financeira dos solteros

Para que uma pessoa que vive sozinha possa manter o mesmo nível de vida que um casal e seguir a regra do 50/30/20 em seu orçamento (onde o 50 % se destina a necessidades básicas, o 30 % a desejos e o 20 % a poupanças), precisaria ganhar um mínimo de 50.000 € ao ano. No entanto, esta cifra está consideravelmente acima do salário médio em Espanha, que ronda os 30.000 € anuais, o que supõe uma dificuldade adicional para quem não compartilham despesas.

Em contraste, a cada membro de um casal só precisaria ingressar 36.875 € ao ano para cobrir suas necessidades, com um custo de vida estimado em 902,08 € mensais. Isto demonstra a vantagem financeira que supõe repartir as despesas do lar entre duas pessoas.

Distribuição da despesa segundo o tipo de lar

O custo de vida varia significativamente dependendo de se as despesas assumem-se individualmente ou compartilham-se. A seguir, mostra-se um desmembre aproximado dos custos mensais em diferentes tipos de lares, refletindo as diferenças económicas entre viver sozinho e em casal. As despesas do lar, hipotecas, seguros e outros compromissos financeiros supõem um ónus considerável para qualquer cidadão. Por isso, encontrar formas de reduzir custos pode ser chave para gerir melhor a economia mensal e evitar apuros a fim de mês.

Numa conjuntura onde aos espanhóis lhes resulta a cada vez mais complicado equilibrar suas finanças devido ao aumento generalizado de preços em bens essenciais, moradia e alimentação, compartilhar despesas em casal pode ser uma estratégia efetiva para reduzir o ónus económico, especialmente no relacionado com o lar. De facto, segundo uma análise da plataforma de poupança Kelisto, contratar serviços em casal pode supor uma poupança de até o 50%.

Compartilhar hipoteca, telefonia e seguros

Se analisamos a cada despesa por separado, o relatório revela que compartilhar uma tarifa móvel pode gerar uma poupança de 47,64%, enquanto no caso dos seguros de saúde, a redução da despesa situar-se-ia em torno do 5,53%. Ademais, ao assumir uma hipoteca de maneira conjunta, se pode aceder a melhores condições crediticias, e ter uma conta bancária compartilhada facilita a gestão financeira e o resguardo do dinheiro.

Precauções ao gerir contas conjuntas

Não obstante, ainda que compartilhar despesas e poupanças em casal tem múltiplas vantagens, também pode apresentar certos riscos. Estefanía González, porta-voz de Kelisto, adverte: "Se não elegemos adequadamente a conta conjunta, podemos incorrer em cargos adicionais por serviços básicos como o cartão de débito. Assim mesmo, é crucial conhecer o regime de disposições da conta para evitar surpresas desagradáveis em caso que a relação termine".

Internet e móvel: um área finque de poupança

Outro exemplo claro de poupança ao viver em casal encontra-se nos serviços de internet e telefonia móvel. Segundo o último Painel de Lares da Comissão Nacional dos Mercados e a Concorrência (CNMC), na maioria dos lares contratam-se ao menos duas linhas móveis, o que tem incentivado a tendência a agrupar estes serviços num único contrato. Optar por uma tarifa combinada de fibra óptica e duas linhas móveis costuma ser a alternativa mais económica. De acordo com o estudo, acrescentar uma segunda linha a um plano de fibra e móvel, cujo custo média é de 38,11 euros ao mês, implica uma despesa adicional de 6,11 euros, significativamente menor que a contratar por separado, o que custaria uns 11,67 euros mensais. Ao todo, a poupança média ascende a 5,56 euros ao mês e 59,16 euros anuais, o que equivale a uma redução de 47,64%.

Comparar preços, a chave da poupança

Para aqueles que não desejam mudar de operador, a opção mais asequible segue sendo a contratação de várias linhas num mesmo plano, já que as companhias de telecomunicações costumam oferecer descontos ao agregar mais números. No entanto, em certos casos, dividir os contratos pode resultar mais rentável. Ao comparar os preços entre operadores premium e companhias de baixo custo, é possível encontrar planos mais económicos que se ajustem melhor às necessidades individuais.

Saem mais caras ter contratadas duas linhas ou uma?

Sara Perales, porta-voz de Comunicações de Kelisto, assinala que "para obter o melhor preço, é recomendável analisar o consumo de dados mensal. Se, por exemplo, utilizamos 10 GB e nossa companhia oferece planos com uma quantidade significativamente maior de dados, pode ser mais conveniente contratar uma linha independente, já que há opções desde 4,9 euros ao mês".

A diferença de preços entre os planos mais baratos de telefonia móvel pode chegar até 23,2 euros mensais (278,4 euros ao ano), o que brinda múltiplas oportunidades de poupança a quem comparem tarifas dantes de contratar. No caso mais extremo, um utente que pague o máximo por duas linhas poderia poupar até 11,05 euros ao mês (132,06 euros anuais) ao mudar de operador.