O preço da luz hoje não entende de amor nem de apaixonados. Nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, o custo médio da electricidade para os clientes da tarifa regulada vinculados ao mercado mayorista é de 121,07 euros/MWh. Assim, é o duplo de caro que faz um ano, já que o 14 de fevereiro de 2024 a luz marcou 59,57 euros em media.
Não obstante, há várias faixas durante as que será possível poupar: o preço mínimo atingir-se-á entre as 15:00 e 16:00 horas, quando custará 55 euros/MWh. Desde as 6:00 até as 10:00 manter-se-á acima dos 100 euros/MWh, de modo que a primeira hora da manhã não será um bom momento para pôr os electrodomésticos.
Variações no preço da luz
Mais adiante, entre as 11:00 e as 17:00 horas, o custo da luz oscilará entre 92 e 65 euros/MWh, cifras razoáveis. A partir desse momento, subirá e manter-se-á acima dos 114 euros/MWh.
O momento mais caro da jornada chegará entre as 20:00 e as 21:00 horas, quando a electricidade marcará 201,66 euros/MWh.
Reservas de gás
O preço da jornada de hoje vem a confirmar os prognósticos de Antonio Aceituno, diretor geral da consultora energética Tempos Energia, quem auguró que o preço da luz subiria até os 120 euros o megavatio/hora (MWh) durante o mês de fevereiro. Isto se deve a uma "queda em picado" das reservas de gás em Europa, que nos últimos três meses têm registado uma baixada de 41,61%.
Segundo tem explicado Aceituno, neste contexto, "as reservas poderiam ficar esgotadas após o inverno, com cifras próximas ao 35%, de forma que Europa fique inmersa numa feroz concorrência pelo gás natural licuado com Ásia".
Moderación durante o ano
Por sua vez, a vice-presidenta terceira e ministra para a Transição Ecológica e o Repto Demográfico, Sara Aagesen, atribuiu no final de janeiro a subida no preço da luz no início de ano a um "inverno duro em Europa". A ministra mencionou o encarecimiento no preço do gás natural, e vaticino que ir-se-ia vendo uma moderación durante o ano devido a uma maior presença das renováveis na geração.
Com respeito à volta do IVA ao 21% desde este 1 de janeiro, que supõe um incremento na factura elétrica, Aagesen assinalou que, após "uma situação de crise" depois da invasão de Ucrânia por Rússia em 2022 que disparou os preços, agora se quer "voltar à normalidade e seguir aplicando diferentes actuações e medidas para apostar pelas renováveis e apostar por facturas mais competitivas".