A história de Marie Claire remonta-se a 1907, quando Francisca Íñigo converteu sua torcida pela costura num negócio de médias de seda aproveitando a tradição têxtil de Villafranca do Cid (Castellón).
Mas de todo isso faz mais de um século, e agora a empresa que comprou Marie Claire no concurso de credores, For Men, tem anunciado o fechamento da têxtil e o despedimento de toda a plantilla.
Adeus a Marie Claire
For Men tem procedido a resolver o contrato de aquisição da unidade produtiva da mercantil Marie Claire S.A.Ou. ante a manutenção do embargo das contas correntes a petição do administrador concursal da assinatura.
Segundo fontes de For Men, a empresa vê-se obrigada a tramitar um despedimento coletivo que afectará à totalidade da plantilla.
O embargo de todos os bens
O Julgado do Mercantil número 1 de Castellón lembrou de forma cautelar o embargo de todos os bens e direitos que integram a unidade produtiva de Marie Claire, bem como dos saldos das contas bancárias e acções da mercantial que a adquiriu o passado verão, For Men, e de seu administrador, segundo informou o Tribunal Superior de Justiça da Comunitat Valenciana.
A juiz substituta deste órgão estimou assim, num auto datado o passado 9 de dezembro, a solicitação realizada pelo administrador concursal de Marie Claire, quem comunicou ao órgão judicial sua intenção de demandar ao comprador da assinatura concorrida pelo impago da unidade produtiva da mesma.
A dívida da empresa For Men
Além de não pagar a unidade produtiva de Marie Claire que tinha adquirido, For Men devia aos trabalhadores os salários correspondentes a outubro, novembro, dezembro e janeiro, o que propiciou que os empregados permanecessem com uma permissão retribuido indefinido.
O comité de empresa de Marie Claire reprochó na passada semana os "incumprimentos" de Ángel Pio, o proprietário de For Men, de quem lamentaram não esperar "nenhuma resposta".
O protesto dos trabalhadores
"O melhor que nos podia passar, ainda que seja triste o dizer, é o fechamento definitivo de nossa empresa, pelo bem e a saúde de todas e todos nós", expressaram os trabalhadores.
Inclusive os próprios empregados tinham convocado para esta quarta-feira, 19 de fevereiro, uma concentração muito próximo da empresa para protestar pela situação baixo o lema De Ángel Pío não me fio.