Na localidade malagueña de Mijas, os passeios em burro para turistas escondem uma realidade dolorosa. Estes animais vivem encadeados esperando transportar visitantes sem poder mover-se livremente.
A situação tem sido denunciada pela Fundação para o Assessoramento e Acção em Defesa dos Animais (Faada), que tem iniciado uma campanha para visibilizar o sofrimento dos burros e exigir uma aposentação digna.
"Não são táxis, são seres vivos"
Através de um vídeo difundido em suas redes sociais, Faada mostra aos animais atados em plena rua, esperando a que algum turista pague por seus serviços.
"Nos percursos que efectuamos, comprovámos que os burros permanecem atados durante longas jornadas e baixo altas temperaturas —inclusive se são geriátricos ou sofrem cojeras— e são alojados em recintos sem ventilación nem iluminação, onde se vêem obrigados a permanecer sobre suas excrementos e sem poder se mover com liberdade", explicam desde a organização. E insistem: "Não são táxis, são seres vivos".
Uma aposentação digna para estes animais
Faada reclama a intervenção da Prefeitura de Mijas para pôr fim a esta prática turística. Tem lançado uma mensagem clara em suas redes: "Faz favor, ponhamos fim a esta "actividade turística" cruel e façamos que os burros de #Mijas tenham uma aposentação digna!". Uma campanha que tem gerado uma grande onda de reacções em redes. Centos de internautas expressam sua rejeição à utilização destes animais com fins turísticos.
A organização sublinha que os burros merecem um trato respeitoso, fora do estrés diário ao que estão submetidos. Reclamam à Prefeitura de Mijas medidas concretas para garantir que os animais possam retirar deste trabalho de maneira segura e receber os cuidados que precisam.
Burros atados permanentemente
Em sua denúncia, Faada assinala que os burros "permanecem inmovilizados dia depois de dia: enquanto esperam ser utilizados para transportar a turistas, quando deveriam estar "a descansar" no establo e durante as horas de trabalho…".
"Ademais, a corda com a que se lhes sujeita é tão corta que, em muitos casos, nem sequer podem atingir o bebedero que têm a escassos centímetros para hidratarse. Seu sofrimento é evidente: desgaste físico, estrés e uma deterioração mental que não podemos ignorar", acrescentam. É por isso que solicitam pôr fim a esta prática turística e "garantir a estes burros uma aposentação digna".