Em Espanha come-se extraordinariamente bem. Não em vão, o Ministério de Agricultura, Pesca e Alimentação tem posto em marcha várias campanhas que falam de "o país mais rico do mundo", e alguns rankings internacionais, como o de TasteAtlas, também têm reconhecido a cozinha espanhola como uma das melhores do mundo. Sabem-no os consumidores nacionais e os turistas estrangeiros, que valorizam e saborean jóias como o azeite de oliva virgen extra ou o presunto ibério.
Ademais, a cada região tem suas próprias tradições culinarias, ingredientes e platos típicos. Qualquer província é boa para gozar à mesa, ainda que é verdadeiro que San Sebastián tem uma concentração extraordinária de Estrelas Michelin, que a relação qualidade-aprecio em Andaluzia e Extremadura é fabulosa e que os frescos de Galiza são delícias imbatibles. Com tudo, agora, uma cidade costera se tem erigido como meca gastronómica do ano.
Capital Espanhola da Gastronomia
A cidade de Alicante é a Capital Espanhola da Gastronomia 2025. A urbe mediterránea definiu-se em sua candidatura como a cidade dos "mil e um arrozes", sóis que brilham com luz própria, já sejam ao forno, com costra, a banda, secos, melosos ou ao caldero, como na vizinha Múrcia; e com ingredientes "variados e de proximidade".
Ademais, a urbe, à que os íberos chamassem Leukante ou Leukanto, pode presumir do atractivo de seus mercados (como o centenário Mercat Central) ou de sua "extensa oferta de restauração" (conta com uns 1.700 estabelecimentos, alguns deles com estrela Michelin e sóis Repsol) ou da feira de experiência culinaria Alicante Gastronómica.
Riqueza culinaria
Com motivo deste título, Alicante exibirá seu estilo de vida e sua riqueza culinaria em diversas cidades espanholas.
Por exemplo, em Fitur, o chef Alejandro Torres cautivó aos assistentes com um showcooking no que cozinhou um atum vermelho maridado nikkei sobre gazpachuelo de nísperos de Callosa em almíbar. Ademais, a cocinera María Luisa Rivera apresentou sua calamar da baía alicantina em sua tinta, com uma homenagem à frescura dos produtos locais do mar.
Arrozes
Com tudo, os protagonistas em Fitur foram, como não podia ser de outro modo, os arrozes alicantinos. Por exemplo, o chef Juanlu Parra (chef do restaurante Koiné Bistró) surpreendeu com sua arroz meloso de pato azulón, anguila ahumada, trombetas da morte e trufa melanosporum; enquanto o chef Nicolás Cortina fez o próprio com um arroz de atum, alcachofas e gambas ao ajillo, honrando os produtos da huerta alicantina e o sabor a mar.
Restaurantes recomendados
A Guia Michelin recomenda quase uma veintena de restaurantes sitos em Alicante, entre os que figuram os seguintes:
- A Taberna do Gourmet: um "delicatessen do tapeo" que conta com "uma amplísima variedade de tampas, raciones, mariscos, pescados, carnes e arrozes".
- Steki: cozinha mediterránea com notas das gastronomias mexicanas e gregas.
- O Portal: "um gastrobar muito 'cool', com uma boa barra e várias mesas".
- Manero: um local chic que recreia uma antiga loja de ultramarino.
- Nou Manolín: uma reconhecida casa de produtos levantinos inaugurada em 1971 que está decorada com azulejos.
- A Ereta: cozinha de autor mediterránea sem carta, com um menu degustación.
- Celeste e Dom Carlos: Um restaurante gastronómico com cozinha de autor que também oferece sozinho menus degustación.
- Distrik 41: define-se como "o único restaurante com fogo vivo" na cidade.
- Open: "Cozinha aberta e honesta, a uns metros do mercado e respeitando o produto", proclamam.
- Alba: um estabelecimento com "cozinha cálida, próxima" e com influências ibérias e italianas.
- Monastrell: alta cozinha mediterránea, galardoado com uma Estrela Michelín no 2013, com dois Sóis Repsol e um Sol Sustentável.
- Tabula Rasa: oferece um menu degustación onde os arrozes ou a fideuá costumam ser protagonistas.