Movemos-nos entre listas intermináveis de tarefas pendentes, notificações constantes e jornadas que parecem não terminar nunca. Vivemos numa época na que estar constantemente ocupados se voltou quase um símbolo de sucesso. Neste contexto, não é de estranhar que a cada vez mais pessoas cheguem ao final do dia completamente amarguradas e com sensação de profundo desánimo, se perguntando por que inclusive as tarefas mais simples se lhes fazem bola e não conseguem resolver com eficácia os quehaceres de sua vida trabalhista ou pessoal.
Esse agotamiento que não se vai com dormir uma noite mais. O achacas ao estrés, mas na verdade sentes uma falta de motivação sem razão aparente, tens acordares a meia-noite com o coração acelerado crendo não ter escutado o alarme que te acorda para ir a tua hora a trabalhar ou tens a incómoda sensação de que a vida trabalhista tem deixado de fazer sentido. Sabes que poderiam não ser sinais de estrés? Pode que padeças a temida síndrome de burnout, também conhecido como a síndrome do trabalhador queimado.
Que é a síndrome de 'burnout'? Quando o corpo diz basta
Este termo refere-se a um estado de agotamiento físico, mental e emocional que surge como consequência de uma exposição prolongada ao estrés trabalhista. E não é um problema menor: segundo diversos estudos, mais da metade dos trabalhadores em Espanha assegura sentir-se desbordado por suas responsabilidades profissionais.
O problema não está só na quantidade de tarefas, sina em como nos relacionamos com elas desde o falhanço que nos remete uma autoexigencia demasiado sustentada no tempo. A pressão por fazê-lo todo perfeito e uma baixa percepção de nossas capacidades podem gerar pensamentos intrusivos como "não sou suficiente" ou "não estou à altura", quando em realidade o corpo e a mente simplesmente estão a pedir um respiro.
Descobre o método CUME: um enfoque integral para recuperar o equilíbrio
Um dos que melhor tem sabido pôr palavras e soluções a esta problemática é o psiquiatra Carlos Cenalmor, quem, depois de atravessar seu próprio episódio de burnout, decidiu repensar sua vida por completo. Deixou Madri, mudou-se aos Pirineos e desde ali tem construído um enfoque terapêutico que combina ciência e humanidade: o método CUME, que dá nome a seu livro A síndrome de burnout (Editorial Vergara) de venda em Amazon por 19,85 €.
O método desenvolvido por Cenalmor oferece ferramentas práticas e reflexões profundas para identificar, compreender e abordar esta síndrome desde suas raízes. Através de exercícios, experiências reais e conhecimentos clínicos, propõe reconectar com um mesmo, aprender a priorizar e, sobretudo, recuperar energia e sentido no quotidiano.
Como reconhecer o 'burnout'?
O burnout não chega da noite para o dia. Instala-se pouco a pouco e afecta diferentes áreas de nossa vida. Seus sinais podem dividir-se em três grandes blocos:
1. Sinais físicos
-
Cansaço persistente, inclusive após dormir. Acordas-te pensando na siesta ou em que acabe de uma vez no dia. Sentes uma falta de energia generalizada.
-
Dificuldades para dormir ou manter o sonho: Pela noite sofres de espasmos ou choques devido à tensão muscular do dia. Também sentes dores de cabeça, pele irritada sem motivo aparente (tens brotes frequentes de dermatitis ou psoriasis) ou mal-estar estomacal de forma quase crónica. Teu corpo está a revelar-se, procurando enfermarse para deixar de ir ao lugar que te provoca esse estado.
2. Sinais emocionais e mentais
-
Falta de concentração e esquecimentos frequentes.
-
Sensação constante de pressiono e tristeza sem causa clara.
-
Irritabilidad, mudanças bruscas de humor.
-
Perda de entusiasmo por tarefas dantes gratificantes.
-
Sensação de falhanço ou inutilidad no desempenho trabalhista.
3. Impacto na vida social
-
Isolamento voluntário, tendes a evitar planos ou reuniões com amigos e familiares que dantes desfrutavas.
-
Falta de paciência ou discussões frequentes com o meio. Tua cabeça procura uma desculpa, fuga ou descarga às emoções contidas.
-
Desconexão emocional dos seres queridos. A cada vez importa-te menos o que te conta um amigo, só podes pensar em resolver teus problemas ou tarefas trabalhistas a tempo.
Que podemos fazer para sanar o 'burnout'?
Reconhecer o 'burnout' é o primeiro passo. Não se trata de debilidade nem de falta de capacidade, sina de uma reacção humana ante exigências que superam nossos recursos. Pedir ajuda psicológica, estabelecer limites trabalhistas, recuperar espaços de lazer e descanso, e aprender a dizer "não" são práticas fundamentais para sanar e prevenir.
O 'burnout' não só afecta a produtividade, sina que põe em risco a saúde mental, física e emocional. Aprender a identificar seus sintomas e actuar a tempo é chave para viver uma vida mais equilibrada, onde o bem-estar não seja um luxo, sina uma prioridade.