O livro Asas de ónix tem desatado uma febre leitora sem precedentes no mundo inteiro. Em Espanha, sem ir mais longe, a nova novela da autora estadounidense Rebecca Yarros tem vendido mais de 120.000 instâncias em menos de uma semana, tal e como assegura o Editorial Planeta.
Que tem a terceira entrega da saga Empíreo para bater o recorde de vendas de Harry Potter? Que a faz diferente a outras novelas de fantasía juvenil? Que tem Asas de ónix para ter desatado a tormenta editorial perfeita?
A chave do sucesso de 'Asas de Ónix'
"Asas de ónix tem lugar num colégio de guerra para ginetes de dragões. Tem romance, tem intriga, tem política e tem muitos dragões", explica Rebecca Yarros numa recente entrevista concedida a Good Morning America. A maioria destes elementos são habituais nas novelas que se incluem no género literário conhecido como romantasy, mas o novo livro de Yarros e as duas primeiras partes da série Empíreo (Asas de sangue e Asas de ferro) têm um rasgo que as faz únicas em sua espécie.
"Uma coisa que me parece que é bastante exclusiva é que Violet -a protagonista da saga- tem uma doença crónica. No mundo da fantasía isto não se explica tanto. Os protagonistas sempre são fortes, e Violet não o é. Ela é pequena, fisicamente, e seu melhor ativo é seu cérebro", explica a autora.
Uma fantasía mais acessível e inclusiva
Rebecca Yarros também tem assegurado em repetidas ocasiões que é partidária de fazer uma fantasía "mais acessível e inclusiva" que reflita, na medida do possível, o mundo atual e às pessoas infrarrepresentadas na sociedade.
"Violet está baseada em mim. Passa da listra, demora demasiado em recuperar-se, rompem-se-lhe os ossos com demasiada facilidade e tem tendência a dislocarse as articulações; rasgos que não são precisamente atraentes numa guerreira", acrescenta a escritora mais lida do momento.
Milhões de leitoras
Ainda que considera que não é mérito seu que as garotas se tenham somado à leitura deste tipo de obras, lhe parece fantástico que a cada vez mais gente "volte à fantasía porque encontro que é um género ao que adorar e amar".
Depois de explicar que evita as redes sociais e os artigos que falam dela, Yarros explica que, depois de mais de uma veintena de livros publicados, ainda não se crê o sucesso da saga: "Parece que lhe esteja a passar a outra".
O quarto livro da série Empíreo
"Quando escreva o quarto livro, já levarei meses o tendo escrito em minha cabeça", desvela a escritora nascida em Washington.
Quando lhe perguntam pela história entre Violet e Xaden, Rebecca Yarros assegura que acabará "bem" e recorda que ela escreve sobre romances e sempre há final feliz, no mínimo para o protagonista prinicipal, sem querer dar mais detalhes ao respeito. Uma vez terminem as entregas da saga, a autora tem explicado que tomar-se-á um descanso e já estudará, mais adiante, se há outras histórias que goste.