Loading...

Denunciam a Ryanair e Iberia por ignorar as reclamações por correio eletrónico

Pedem sancionar a ambas aerolíneas por "travas burocráticas" que obrigam aos utentes a enviar cartas certificadas para ser escutados

Ana Carrasco González

Un avión de Ryanair y otro de Iberia FLICKR

Se alguma vez tens tentado pôr uma reclamação a Ryanair ou Iberia e sentiste-te atrapado num bucle de respostas automáticas, não és o único. A organização de consumidores Facua já tem apresentado uma denúncia formal contra ambas companhias aéreas ante o Ministério de Direitos Sociais, Consumo e Agenda 2030.

O motivo é claro: a falta de atenção efetiva às reclamações que os clientes enviam por correio eletrónico, uma prática que, segundo a associação, vulnera os direitos básicos dos passageiros.

A obrigação de enviar uma carta certificada

Há um padrão preocupante depois de analisar numerosas queixas geridas anualmente. Ao tentar contactar com estas aerolíneas por via eletrónica, a resposta rara vez é uma solução direta.

Várias pessoas na bicha de facturação de Ryanair / EP

Em seu lugar, os utentes encontram-se com:

  • Mensagens automáticas (bots) que não resolvem a dúvida.
  • Remessas a outros canais ou formulários site complexos.
  • Uma falta total de resposta personalizada sobre a incidência proposta.

Esta estratégia tem uma consequência direta para o bolso e a paciência do consumidor: a obrigação de enviar uma carta certificada. Segundo denúncia Facua, na maioria dos casos, Iberia e Ryanair não gerem a incidência correctamente até que o utente recorre a este trâmite postal, bem mais engorroso e caro que um simples e-mail.

O que diz a lei: obrigação de atenção pessoal

Facua sustenta que esta prática não só é molesta, sina ilegal. Baseia-se no Texto Refundido da Lei Geral para a Defesa dos Consumidores e Utentes, que exige às empresas facilitar meios de comunicação gratuitos, acessíveis e eficazes.

Mais especificamente, o artigo 21 do regulamento estabelece que, se uma empresa oferece atenção eletrónica, esta deve garantir uma atenção pessoal direta. "Os escritórios e serviços de informação [...] deverão assegurar que este tenha constancia de suas queixas e reclamações, mediante a entrega de uma chave identificativa e um justificante por escrito". Assim o dita a lei

Petição de sanções imediatas

Ante esta situação, solicitou-se ao Ministério que abra expedientes sancionadores contra Ryanair e Iberia.

Ao não facilitar um correio eletrónico operativo e resolutivo, ambas companhias estão a vulnerar o regulamento vigente de defesa dos consumidores. O objectivo da denúncia é obrigar às aerolíneas a rectificar e garantir que um correio eletrónico seja suficiente para gerir uma incidência, sem obrigar ao viajante a recorrer ao correio postal certificado para fazer valer seus direitos.