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Água de coco vs. água de aloe vera: Alguma é melhor que a de toda a vida?

Estas duas bebidas arrasam entre os influencers, mas os especialistas alertam dos seus riscos e sublinham que não são soluções mágicas

Uma pessoa extrai água de um coco ao dividir a fruta / PEXELS
Uma pessoa extrai água de um coco ao dividir a fruta / PEXELS

Se até há pouco nos supermercados não havia muitas bebidas saudáveis para além de alguns sumos e infusões frias, de um tempo a esta parte os produtos heathy invadiram os lineares: kombucha, leite de soja, bebida de amêndoas… e água de coco ou de aloe vera. Trata-se de duas opções inovadoras, que partem do H2O, mas com resultados muito diferentes. No entanto, são melhores que a água de toda a vida?

O água de coco é uma bebida mais popular que a de aloe vera. Várias celebrities deixaram-se fotografar com ela, desde Rihanna até Katy Perry ou Sara Carbonero. Falámos com nutricionistas sobre quais são os benefícios da cada uma destas opções e também os seus possíveis riscos.

Vitacoco, uma opção cara mas saudável

Uma das marcas de água de coco mais vista nas lojas é a Vitacoco. O brik de 1 litro pode-se encontrar no El Corte Inglês por 3,85 euros. Também está disponível a opção sem glúten. Anuncia-se como baixa em calorías, com a imagem sugestiva de uma palmeira e um céu desocupado. É uma fonte importante de potássio, mas a percentagem de açúcares também não é desprezível: por cada 100 gramas, 4,5 são hidratos de carbono, dos quais 4 gramas são açúcares.

Varias botellas de agua de coco en un supermercado / PEXELS
Várias garrafas de bebida de coco num supermercado / PEXELS

A nutricionista Paloma Quintana explica à Consumidor Global que este ingrediente não é adicionado, mas sim que já está presente no alimento. A especialista conta que, em termos gerais, tanto o água de coco como a de aloe vera são preferíveis aos refrescos, mas realça que a primeira é mais interessante. "A água de coco pode ser inclusive mais saudável que um sumo natural de frutas", expressa. Esta vantagem sobre os sumos, pouco comum, deve-se a que a água de coco não é um sumo, não é exprimida, mas sim que se trata de "um líquido que já está presente na própria fruta", conta a nutricionista.

A melhor bebida para repor forças após fazer exercício

Por sua vez, a dietista-nutricionista Silvia Romero assinala que a água de coco pode-se tomar "como mais uma bebida. Nunca em substituição da água, se não como complemento". Entre as opções nos lineares, na Mercadona pode-se encontrar a marca Chaokoh, fabricada por uma empresa tailandesa mas importada por Hacendado. Anuncia-se como um artigo 100% natural e tem 0 gorduras, tal como a da Vitacoco, mas menos açúcares: 3,3 gramas por cada 100 de produto. O preço também é inferior: 2,40 euros o brik.

Un deportista bebe una bebida isotónica / PEXLES
Um desportista bebe uma bebida isotónica / PEXLES

No reverso, diz-se que a bebida "contribui para a manutenção da tensão arterial e para o funcionamento normal dos músculos". Face a isto, Quintana afirma: "costuma-se dizer que a água de coco é a melhor bebida de reposição, e, neste sentido, pode ser melhor que a água normal". A especialista lembra que tem "monerais muito interessantes, como o sódio" e que para as pessoas que realizam exercício físico é muito recomendável. No entanto, se um desportista pratica treino intenso e pensa substituí-la pela suas bebidas isotónicas habituais, recomendados por um nutricionista, não é boa ideia.

Dos cocos vaciados / UNSPLASH
Dois cocos vazios / UNSPLASH

Menos calorías, mas sem magia

Para Quintana, a de coco é uma alternativa versátil, válida inclusive para preparar bebidas. "Por exemplo, um cocktail saudável sem álcool, com ananás, água de coco e gelo picado", conta. Contudo, reconhece que às vezes se fala deste produto como se fosse um néctar maravilhoso, mas também não "é magia".

Também existe a opção da beber enlatado, ao estilo refresco. A empresa norte-americana Goya vende a sua neste formato, que está disponível, entre outros supermercados, no Alcampo. A lata de 35 centilitros custa 1,42 euros (pelo que o litro sairia a 4,05 euros). É a que mais percentagem de açúcares tem das três: 6,2 gramas por cada 100 de produto.

Opções premium

Na categoria premium, a marca Antonio Martins comercializa o seu sumo de coco verde por uns cinco euros o litro. Esta opção pode-se encontrar em lojas e páginas especializadas, como Planeta Huerto.

Aspecto de la bebida con aloe vera de la marca Goya / GOYA Aspeto da bebida com aloe vera da marca Goya / GOYA
 
 

Por um preço semelhante, a marca KoRo, fabricada na Alemanha, detalha no seu site que a produção é complexa, já que "deve ter uma doçura agradável e ao mesmo tempo deve ser refrescante". Para obtê-la, cortam cocos que ainda não estão maduros.

A água de coco melhor que a de aloe vera

A de aloe vera algo completamente dferente. Quintana expressa que, ao se não tratar de um extracto, neste produto há mais probabilidades de que os fabricantes acrescentem adoçantes industriais. "Dada a escolha, eu escolheria o coco", diz.

É, no entanto, um pouco mais barata. Na Mercadona pode-se encontrar uma garrafa de meio litro por 1,35 euros. No Carrefour, a da mesma quantidade de marca T'best custa 1,34 euros. Neste caso, contém 30% de aloe vera triturado, o que, nas palavras de Quintana, é "bastante". Além disso, têm um alto teor em Vitamina C. No entanto, segundo assinala esta espcialista, o aloe vera pode chegar a produzir efeitos laxantes, pelo que cada consumidor deveria verificar a sua tolerância.

Varias plantas de aloe vera / UNSPLASH
Várias plantas de aloe vera / UNSPLASH

Possíveis riscos

Silvia Romero é muito mais categórica: "A água de aloe vera não é recomendável, já que segundo a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) pode danificar o ADN e inclusive poderia produzir cancro. Não há ingestão diária segura, por isso, o melhor é não a beber". Segundo este organismo comunitário, o aloe contém hidroxiantraceno, que poderia "melhorar a função intestinal", mas também componentes genotóxicos, o que motivou que a entidade não estabelecesse um rácio de ingestão diária segura.

Segundo se indica no site da EFSA, "quando se testaram em estudos com animais, demonstrou-se que algumas destas substâncias poderiam causar cancro no intestino".

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