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Gonzalo Bernardos: "Se vais pedir uma hipoteca, encantar-te-á a evolução das taxas de juro"

O reputado economista explica em Consumidor Global por que as perspectivas da economia espanhola são positivas

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Voltam os pessimistas habituais. Agora, a conta da possível guerra comercial com Estados Unidos pelas políticas de Donald Trump.

"Vai ter mais inflação e muito menos crescimento. Espanha voltará a ir mau". Ouvimo-lo muitas vezes e estou convencido de que desta vez também não vão acertar.

Tendência deflacionista

Vamos com a inflação. Eu não sei por onde a vêem. Explico-vos. Ainda que tenha represálias por parte de Europa a Estados Unidos e também se lhe ponham impostos aos produtos norte-americanos, a inflação em Espanha não subirá, sina que baixará.

O motivo principal é um menor crescimento da economia mundial que fará baixar o preço de muitas matérias primas. Já o estamos a ver com o petróleo, que está por embaixo dos 70 dólares o barril Brent. Também o estamos a ver com o gás natural. Cedo vê-lo-emos com a soja. Por aí, pelas matérias primas, tendência deflacionista.

Os preços não vão subir

Segundo: os países da zona euro, como Alemanha, Itália e Países Baixos, que têm vivido muito bem da globalização comercial, agora o vão ter pior. A demanda será inferior e para nada, com uma menor demanda, os preços vão subir. Portanto, também tendência à baixa.

Consequência: taxas de juro descendo (a muitos hipotecados a taxa de juro variável e aos que se queiram hipotecar cedo encantar-lhes-á). Os do Banco Central Europeu (BCE), no final de ano, entre um 1,5 e um 1,75%.

Por conseguinte, não há más notícias, sina algumas boas perspectivas.