Espanha lidera Europa em conhecimento sobre criptomonedas
O crescimento do interesse pelas finanças digitais baseia-se num incremento da educação e da maior vigilância imposta pelos novos regulamentos europeus e nacionais

Espanha posicionou-se à cabeça de Europa quanto a conhecimento geral sobre criptomonedas, superando a países como Alemanha, França e Reino Unido. Assim o revelou uma recente encuesta realizada por Coinbase em colaboração com Qualtrics, que destacou que mais de 80% da população adulta espanhola está familiarizada com as criptos.
Esta percentagem coloca a Espanha como o país europeu com maior nível de entendimento e conversa sobre ativos digitais, algo que se pode dever a muitos factores. Não obstante, a vantagem é clara com respeito a países como Reino Unido ou Alemanha, que se situam entre o 60% e o 66% respectivamente.
O estudo de Coinbase reflete que os espanhóis nos sentimos familiarizados com os conceitos de criptomonedas e que, para além disso, estamos a integrar estas moedas em nosso dia a dia. Segundo o relatório, quase a metade dos interrogados tem falado alguma vez sobre as criptomonedas com amigos ou familiares, o que indica que não são um tema tão estranho como poder-se-ia pensar.
Incremento do interesse por este mercado
No caso específico de Espanha, o fenómeno das criptos manifesta-se num interesse a cada vez maior por investir nelas, mas não só em Bitcoin, sina numa faixa diversa de moedas alternativas. As melhores altcoins estão a ganhar terreno entre os espanhóis que procuram novas oportunidades para além do Bitcoin, já seja por diversificar suas carteiras ou porque oferecem um maior potencial de crescimento.
Ademais, as plataformas locais e globais de intercâmbio de criptomonedas têm contribuído à mudança, principalmente ao oferecer interfaces a cada vez mais intuitivas para que os utentes possam comprar e vender facilmente. Assim mesmo, muitas destas plataformas também contam com recursos educativos para que, a sua vez, possamos as conhecer mais a fundo e aprender às manejar.
Em resumo, a liderança de Espanha neste campo não é coisa de uma moda passageira, sina do esforço de muitas empresas, comunidades tecnológicas e cidadãos que a cada vez se interessam mais pelas finanças digitais. Alguns simplesmente o fazem por investir, enquanto outros se somam por curiosidade. Seja qual seja o motivo, as criptomonedas sim estão presentes no ecossistema espanhol.
Educação e regulação cripto em Espanha
O crescimento das criptos, e o facto de que os espanhóis estejamos tão familiarizados com elas, não tem sido algo espontáneo. Por trás deste crescimento, há muito trabalho importante em educação e também um grande avanço nas leis que regulam todo o relacionado com as criptos.
Por isso, hoje em dia, os experientes ou os entusiastas das finanças não são os únicos interessados neste tema. Também muitos cidadãos estão a aprender como funcionam as moedas digitais, como investir nelas e inclusive como as usar de forma segura em seu dia a dia. Já há gente que as utiliza para comprar, jogar on-line, enviar dinheiro ao estrangeiro ou simplesmente poupar de uma maneira diferente.
E a educação sempre é um factor finque. Em Espanha, há universidades e escolas de negócios onde se oferecem cursos sobre criptomonedas, que é a tecnologia blockchain, como funcionam as billeteras digitais ou como se pode começar a investir de forma inteligente. Ademais, há plataformas em internet com tutoriais, classes on-line, cursos e inclusive colégios onde se começaram a incluir temas financeiros para preparar aos jovens.
Regulação desde a UE
Por outro lado, a regulação tem dado um grande passo com a chegada da Lei MiCA (Markets in Crypto-Assets), criada pela União Européia. Esta lei, à que Espanha já se acolheu, procura pôr um pouco de ordem no uso das criptos a nível europeu. Quer oferecer segurança no meio, de modo que as plataformas de compra, venda ou intercâmbio devem adaptar-se às novas regras.
Mas que significa isto, em palavras mais claras? Pois que, se queremos comprar ou investir em criptomonedas, agora podê-lo-emos fazer de maneira mais segura, com o respaldo da nova lei. As empresas devem ser mais transparentes, explicar bem o que oferecem, ter solvencia e proteger os dados e o dinheiro de seus clientes.
Ademais, organismos tão importantes como a CNMV (Comissão Nacional do Mercado de Valores) e o Banco de Espanha estão mais atentos que nunca ao que passa no mundo cripto. Eles também se encarregam de educar e emitir alertas para que a gente saiba quais são os riscos. Também colaboram com outras instituições de Europa pára que todo funcione de uma maneira ordenada e com maior segurança.
Graças a tudo isto, educação, novas leis e mais vigilância, Espanha está a construir um meio cripto onde a cada vez é mais fácil e seguro usar criptomonedas.
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