O cerco de Netflix às contas compartilhadas já é o negócio do século
A plataforma de conteúdo audiovisual em streaming se embolsa 8.350 milhões de euros em 2024, um 61,1% mais que no ano anterior

O cerco às contas compartilhadas tem sido a gallina dos ovos de ouro de Netflix.
A companhia de produção e distribuição de conteúdo audiovisual em streaming registou um benefício neto de 8.712 milhões de dólares (8.350 milhões de euros) em 2024, o que representa um mais 61,1% com respeito ao ano anterior, segundo dados da multinacional.
O negócio de Netflix
Os rendimentos totais de Netflix foram de 37.381 milhões de euros, enquanto as despesas totais ascenderam a 27.396 milhões de euros.

No quarto trimestre, a empresa obteve um benefício neto de 1.791 milhões de euros, praticamente o duplo (99,3%), ao mesmo tempo em que a cifra de negócio cresceu um 16%, até os 9.821 milhões de euros.
O fim das contas compartilhadas e as subidas de preço
O bom fazer da plataforma de streaming coincide no tempo com o fim das contas compartilhadas, que entrou em vigor em 2023, e as repetidas subidas de preço aplicadas ano após ano.

Neste palco, Netflix espera atingir em 2025 uma facturação dentre 41.694 e 42.652 milhões de euros, o que suporia um crescimento dentre o 12% e o 14%. Neste sentido, a multinacional antecipa que os rendimentos do primeiro trimestre subam um 11%.
Mais de 300 milhões de subscritores
Ademais, a companhia do Jogo do Calamar fechou o exercício com um total de 301,63 milhões de subscritores.
Deste modo, Netflix somou 18,91 milhões de subscritores novos em 2024 e 40,35 milhões de utentes de pagamento.
Subida de preços
Por se isto fosse pouco, Netflix tem anunciado uma nova subida de preços em seus planos de assinatura, incluída a opção com anúncios, que passará a custar 7,99 euros para os utentes de Estados Unidos, Canadá, Portugal e Argentina, além de incluir uma nova oferta de Membro Extra com Anúncios.
Depois do último incremento de suas tarifas em outubro do passado ano, a companhia tem adiantado que, face a continuar investindo em programação e oferecendo mais valor aos utentes, estão a ajustar os preços em algumas regiões para "reinvestir e seguir melhorando Netflix".
As novas tarifas
Neste sentido, tem aumentado os preços para os utentes de Estados Unidos, Canadá, Portugal e Argentina, passando a cobrar 17,99 dólares mensais por seu plano regular, em lugar dos 15,49 dólares que cobrava anteriormente. O mesmo tem ocorrido com o plano premium, que passará de custar 22,99 dólares a 24,99 dólares ao mês.
Assim o confirmou o porta-voz de Netflix, MoMo Zhou, quem tem assinalado que os novos custos começarão a ser efetivos durante o próximo ciclo de facturação dos utentes, ainda que não tem detalhado se as novas tarifas transladar-se-ão a outras regiões como Espanha.