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Consumo detecta que bancos e financeiras seguem aplicando cláusulas que têm sido declaras abusivas

"Sai-lhes rentável a judicialización de milhões de casos, o colapso da Justiça em Espanha, para continuar cobrando por umas cláusulas que sabem que se as levam a julgamento perdê-las-ão", sustentam desde o Ministério

Juan Manuel Del Olmo

Una mujer reclama por vía telefónica una cláusula abusiva

As cláusulas costumo ou as despesas de formalización de hipoteca-a são estipulaciones contratuais que se encontram, em verdadeiro modo, num limbo: a justiça já tem falhado na contramão dos bancos e as financeiras que as impulsionam, mas os desmanes seguem se cometendo.

Assim o reconheceu o secretário geral de Consumo e Jogo do Ministério de Direitos Sociais, Consumo e Agenda 2030, Andrés Barragán, quem tem afirmado que Consumo tem percebido uma "reiteración" por parte das entidades financeiras ao incorporar "uma e outra vez" cláusulas que já têm sido declaras abusivas em firme.

Autoridade de Defesa do Cliene Financeiro

Portanto, Barragán tem solicitado que se aprove o dantes possível a Autoridade de Defesa do Cliente Financeiro para proteger aos clientes do sector bancário de possíveis cláusulas abusivas. Em teoria, esta entidade permitirá aos consumidores apresentar suas reclamações de forma gratuita no âmbito bancário, de seguros e de investimento financeiro ante um único organismo, "o que redundará numa melhor análise dos conflitos e rapidez no serviço".

Uma pessoa com um cartão revolving / FREEPIK - DC Studio

"Eu acho que o avanço da Autoridade de Defesa do Cliente Financeiro é decisivo. É fundamental que se agilize o máximo possível. É um projecto, ademais consta-me, compartilhado desde muitos grupos políticos desde faz muito tempo", tem afirmado durante sua intervenção na Comissão de Direitos Sociais e Consumo do Congresso dos Deputados.

Reclamação centralizada

O Governo pretende que o organismo centralice os atuais serviços de reclamações do Banco de Espanha, a Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) e a Direcção Geral de Seguros e Fundos de Pensões. De facto, a ideia é que se financie, quando esteja em pleno funcionamento, através de taxas obtidas pelas reclamações admitidas.

O governador do Banco de Espanha, José Luis Escrivá / EUROPA PRESS - FERNANDO SANCHEZ

Quando a reclamação tenha um conteúdo económico, nas resoluções que sejam vinculantes poder-se-á determinar a devolução de custos devidamente cobrados mais os interesses de demora. Para as reclamações sem conteúdo económico estabelece-se a possibilidade da Autoridade possa reconhecer ao cliente uma compensação, entre 100 e 2.000 euros, em função da natureza, alcance e circunstâncias particulares da reclamação.

Cartões revolving

"Sai-lhes rentável a judicialización de milhões de casos, o colapso da Justiça em Espanha, para continuar cobrando por umas cláusulas que sabem que se as levam a julgamento perdê-las-ão", tem apostillado Barragán em referência tanto às cláusulas costumo como aos cartões revolving. Sobre estas últimas, o secretário geral tem feito referência a que, recentemente, a Justiça tem remetido dados ao Ministério de que se tinham sentenciado 5.000 casos de cláusulas abusivas em cartões revolving.

"O que temos aprendido destes anos é que a vulnerabilidade é determinante na cada uma destas cláusulas, na cada uma dessas sentenças. E também temos aprendido uma questão em relação com isto último, que é a importância da universalidade, de ficar protegido pelas sentenças que são favoráveis aos consumidores", tem dito Barragán. Por pôr dois exemplos recentes, em março, Wizink Bank foi condenado a devolver quase 7.000 euros a um cliente por um cartão revolving abusiva; e em fevereiro os serviços financeiros de Carrefour pelo mesmo.