Telefónica tem negado nesta segunda-feira que esteja a valorizar um novo expediente de regulação de emprego (ERE). O próximo 4 de novembro, a empresa apresentará seu novo plano estratégico mas assegura que "não há sobre a mesa a proposta de um ERE neste momento", segundo confirmam fontes do grupo.
A operadora sai assim ao passo de uma informação publicada pela diário Expansão, que apontava a que Telefónica analisava a possibilidade de acometer um novo recorte de plantilla que poderia afectar a uns 6.000 empregados. A companhia faz questão de que actualmente só está a levar a cabo "numerosos análise em todos os âmbitos do grupo".
Os sindicatos não têm sido contactados
Desde o âmbito sindical confirmam que, até o momento, a empresa não se pôs em contacto com os representantes dos trabalhadores para tratar um possível expediente. No entanto, reconhecem que um novo ajuste de pessoal é um palco esperado.
O presidente de Telefónica, Marc Murtra, participou na passada sexta-feira em 'Os Cafés da manhã do Ateneo'. Foi perguntado sobre a possibilidade de um novo ERE na empresa, ao que contestou que a teleco não comenta em meios públicos sua "forma de gerir". Sem negar a opção de um expediente de regulação de emprego na companhia, o diretor limitou-se a destacar a "grande relação" da empresa com os sindicatos.
O último ERE afectou a mais de 3.400 trabalhadores
O último ERE de Telefónica, assinado em janeiro de 2024, afectou a 3.420 empregados de três principais filiais do grupo (Telefónica de Espanha, Móveis e Soluções). O processo se saldó com uma adscripción voluntária de 106%, já que receberam-se 3.640 solicitações para 3.420 praças disponíveis.
O custo do despedimento coletivo de 2024 teve um custo de ao redor de 1.300 milhões de euros (dantes de impostos) para a companhia, que abonó uma média de uns 380.000 euros por trabalhador. Não obstante, a poupança média para a empresa a raiz do ERE situam-se nuns 285 milhões de euros anuais.