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Já é oficial: a solução pela que aposta o Governo para a falta de água no Mediterráneo

O Executivo aposta por investir em parques fotovoltaicos que poderiam minorar os custos energéticos de produção de água dessalgada

Ana Siles

La ministra para la Transición Ecológica y el Reto Demográfico, Sara Aagesen, y el secretario

O secretário de Estado de Meio ambiente do Ministério para a Transição Ecológica e o Repto Demográfico, Hugo Morán, tem assegurado nesta terça-feira que em Espanha, "num prazo de tempo quase imediato", a água dessalgada converter-se-á num recurso convencional, ao mesmo nível que as águas superficiais.

Durante sua intervenção na 'III Jornada de Sustentabilidade e Biodiversidade', organizada pela União Espanhola Fotovoltaica no Congresso dos Deputados, Morán tem advertido sobre uma "alerta" que não se pode ignorar: o risco de que, nos próximos cinco anos, até o 50% da população mundial enfrente restrições severas no acesso ao água.

Plano de investimento para gerar água

"E não o podemos obviar especialmente num país como o nosso, país mediterráneo, acostumado a conviver com os extremos do que supõe a convivência com o água. Por desgraça, acabamos de ter uma experiência trágica em nosso país do que supõem os fenómenos extremos, um país submetido aos impactos da seca, mas também aos impactos das inundações", tem manifestado.

Um grifo de água / UNSPLASH

O secretário de Estado de Meio ambiente tem recordado que, na actualidade, o Governo aborda um plano de investimentos para a geração de água dessalgada na vertente mediterránea da ordem de uns 700 milhões de euros, que "se vão ver incrementados" em outros, "provavelmente, 900 milhões de euros mais", como consequência de dois acordos de cooperação com Andaluzia e Cataluña.

Parques fotovoltaicos

"A desalación de água implica umas demandas energéticas muito elevadas", tem reconhecido Morán, para depois acrescentar: "E à hora de fazer sustentável, não só social e ambientalmente, sina também economicamente, esta alternativa, precisamos abordar com decisão uma resposta a esse factor de distorsión que é o da carestía final no produto água como consequência do processo de desalación".

Grifo da ducha / PEXELS

Nesse plano de investimento, tem prosseguido o secretário de Estado, todas as desaladoras que gere o Estado têm a vocação de incorporar um parque fotovoltaico para, com a capacidade de autogeneración, minorar os custos finais. "Os cálculos dizem-nos que poderíamos estar em torno de uma poupança de 25% dos custos energéticos de produção de água dessalgada. E isso significa tanto como colocar o metro cúbico resultante de água final nos mesmos custos, razoavelmente, que o metro cúbico de água obtida de fontes, até agora, conhecidas como convencionais. Abono que em nosso país, num espaço de tempo já quase imediato, a água dessalgada vai ser um recurso convencional, tão convencional como as águas superficiais", tem remarcado.

Convivência entre o meio ambiente e a energia

Por outro lado, tem afirmado que faz uns anos não existia uma amável convivência entre o meio ambiente e a energia, "basicamente porque a energia, como logo a História tem demonstrado, chegou a ser um dos vetores que mais têm complicado a vida do planeta em termos de sustentabilidade ambiental". "Essa era uma brecha que tinha, de alguma maneira, que romper dantes de que chegássemos a um ponto de não volta", tem explicado.

Uma pessoa cheia um copo com água do grifo / RICARDO LOIRO - EP

Neste foro, Morán tem realçado que a investigação tem demonstrado que "o avanço do mundo em seus termos de melhora de qualidade de vida, tinha começado precisamente aproveitando as energias que vinham dadas pela natureza directamente, sem necessidade de manipular, as energias renováveis: a energia do sol, a energia do vento e a energia do água".