Os carros elétricos têm um menor risco de incêndio que os de gasolina
É esta a conclusão a que chega o último relatório de uma associação para a promoção da mobilidade eléctrica em Espanha e Portugal.

As baterias dos carros elétricos provocam muitos menos incêndios que os veículos de combustão, segundo conclui o relatório que a Associação Empresarial para o Desenvolvimento e Impulso da Mobilidade Elétrica em Espanha e Portugal (Aedive) fez com empresas e instituições especializadas.
Em particular, a associação salienta no estudo que, embora as baterias de iões de lítio possam apresentar riscos de incêndio, estes podem ser eliminados ou controlados através de uma conceção adequada, da implementação de sistemas de monitorização avançados e de medidas de segurança rigorosas.
Os carros elétricos apresentam um risco de incêndio menor
Com este relatório, a associação procura dar dados que reflitam que os veículos elétricos, equipados com sistemas de segurança avançados, apresentam na realidade um risco de incêndio mais baixo que os carros de combustão interna.

Assim, a associação explica que as estatísticas atuais dos países com uma alta penetração do veículo elétrico refletem que a probabilidade de que um veículo elétrico se incendeie é menor que a de um veículo de combustão, em relação com o número total de veículos.
Mitos sobre os veículos elétricos
Por isso, a organização desmonta alguns dos mitos mais comuns, como por exemplo o de que os incêndios em veículos elétricos são mais frequentes, difíceis de extinguir e perigosos para os bombeiros, ou que o envelhecimento das baterias aumenta o risco de incêndio.
Aedive fez este documento técnico com o fim de dar informação sobre a tecnologia das baterias com especial ênfase na seção de segurança, procurando desmentir "diversos mitos e falsas crenças sobre os incêndios em veículos elétricos (Battery Electric Vehicles) em comparação com os veículos de combustão interna (Icev)".
Huawei, Iberdrola e Naturgy têm participado no relatório
Ademais, nesta guia de Aedive colaboraram e participaram empresas de todo o ecossistema da mobilidade elétrica: Huawei, Iberdrola, Naturgy, Mútua Madrilena, Cesvimap, Wenea e o Centro Jovellanos, um centro de formação da Sociedade de Salvamento e Segurança Marítima (entidade do Ministério de Transportes e Mobilidade Sustentável).
"Este trabalho que damos a conhecer agora é um documento vivo que continuará a ser atualizado à medida que avance a tecnologia de baterias", diz o diretor geral da Aedive, Arturo Pérez de Lucia.