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O sucesso supera à produção: mais de um mês de espera para conseguir o novo iPhone

O iPhone 17 está esgotado em muitas lojas um mês e meio após seu lançamento acumulando uma falta de 'estoque' que se traduz em semanas de espera

Ana Siles

Clientes hacen cola frente a una tienda de Apple durante el lanzamiento de los nuevos productos de A

Setembro sempre tem sido no mês grande para Apple e 2025 não tem sido a excepção. O passado 9 de setembro a companhia apresentou seus novos modelos -iPhone 17, 17 Pró, 17 Pró Max e iPhone Air- com pré-venda desde o dia 12 e lançamento oficial o 19. Uma cita marcada no calendário dos mais fiéis à marca, que uma vez mais correram a por seu dispositivo.

No entanto, a expectación topou-se com um obstáculo inesperado: a falta de existências. Um mês e meio após o início das reservas, alguns clientes seguem esperando seu novo iPhone. Assim, os avisos de "temporariamente sem estoque" se repetem em plataformas on-line.

Semanas de espera

Mais de um mês tem tido que esperar uma cliente que compartilha sua experiência com Consumidor Global, ainda que prefere manter no anonimato. Reservou seu iPhone 17 Pró, valorizado em 1.300 euros, a princípios de setembro.

Clientes fazem bicha em frente a uma loja de Apple durante o lançamento dos novos produtos de Apple / EP

Um mês e meio depois, por fim recebeu-o. Fazer através da loja oficial de Apple. "A outros provedores oficiais foi-lhes chegando a cuentagotas. Primeiro asseguram-se de que as lojas de Apple tenham estoque", explica.

O iPhone 17 e 17 Pró, vítimas do sucesso

O único modelo que se livra da escassez é o iPhone Air. O resto da faixa sofre atrasos e falta de unidades, especialmente os iPhone 17 e 17 Pró, os mais demandados.

Venda do iPhone 17 em Amazon, plataforma que não tem estoque do produto / AMAZON

Em Amazon, por exemplo, o modelo baseie aparece sem existências e a plataforma avisa de que notificará aos clientes por correio quando tenha "uma data de entrega estimada". Em lojas oficiais, como a Apple Store de Passeio de Graça (Barcelona) e Apple Store Porta do Sol (Madri), está completamente esgotado.

O "laranja cósmico", a estrela do lançamento

Entre todos os modelos, o que mais paixões tem acordado é o iPhone 17 Pró em cor laranja cósmico. Espera-se que grandes revendedores como O Corte Inglês ou MediaMarkt reponham unidades em lojas físicas e on-line ao longo desta semana.

 

"O 90% da culpa é da demanda", explica a este meio Martín Piqueras, professor de OBS Business School e experiente em Gartner. "O modelo que está a arrasar é a cor laranja, enquanto do Air não tem tido rompimento de estoque". Segundo o analista, Apple tem realizado um "cálculo logístico conservador" que se ficou curto ante a avalanche de pedidos.

Apple opta pela cautela ante um panorama incerto

Para além do sucesso comercial, Piqueras sublinha que a companhia tem preferido ser prudente em sua produção. "O mercado global está marcado por guerras e impostos, com o impacto que isso tem na fabricação. Desde essa perspectiva, Apple não se pode permitir produzir ao louco", aponta.

Esta estratégia de "controlar a oferta" responde, segundo o experiente, a uma tendência comum em toda a indústria tecnológica. "Tem tido um cálculo de demanda inferior à real, o qual, paradoxalmente, é positivo para Apple", acrescenta.

 

De luxo aspiracional a ferramenta imprescindível

O sucesso do novo iPhone também reflete como tem mudado a relação dos consumidores com a tecnologia. "Faz uns anos o móvel só servia para chamar. Agora é teu cartão de crédito, tua câmara e quase toda tua vida. Por isso, quando o consumidor compra, procura o modelo mais profissional", assinala Piqueras.

"Dantes o móvel era um objeto de luxo, agora é quase de primeira necessidade", resume. Essa dependência traduz-se numa maior despesa. Pagar 1.300 euros por um telefone já não surpreende, porque o dispositivo se converteu numa ferramenta essencial do dia a dia. E para mostra, a falta de estoque que tem provocado semanas de espera a multidão de utentes.