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Xiaomi retira milhares de carros por uma falha de fábrica que aumenta o risco de acidente

O defeito afecta aos modelos fabricados entre fevereiro de 2024 e agosto de 2025; a solução chegará com uma actualização gratuita de software

Ana Carrasco González

El primer coche eléctrico de Xiaomi EFE

O gigante tecnológico chinês Xiaomi tem anunciado a retirada de 116.887 veículos elétricos de seu modelo SU7 em versão regular, devido a uma falha detectada no sistema de assistência à condução.

A decisão foi comunicada nesta sexta-feira pela Administração Estatal para a Regulação do Mercado de Chinesa (SAMR, por suas siglas em inglês).

Qual é o problema detectado no Xiaomi SU7?

Segundo o comunicado oficial, os automóveis afectados foram produzidos entre o 6 de fevereiro de 2024 e o 30 de agosto de 2025.

A presentación do carro Xiaomi SU7 no Mobile World Congress / David Zorrakino - EP

A falha manifesta-se quando o sistema de condução assistida L2 se activa em autopista: em situações extremas, o carro pode não reconhecer nem reagir adequadamente, o que aumenta o risco de colisão se o condutor não intervém a tempo.

Como solucionará Xiaomi o defeito

Xiaomi tem confirmado que solucionará o problema com uma actualização gratuita de software mediante programação inalámbrica (OTA), evitando que os utentes tenham que levar seus veículos à oficina.

Ademais, a companhia notificará aos proprietários dos carros afectados através de mensagens de texto para garantir que a medida corretiva chegue a todos.

Xiaomi e seu aposta pelos carros elétricos

O Xiaomi SU7 é o primeiro carro elétrico da empresa, lançado em 2024 como parte de sua estratégia de diversificação para além dos telefones inteligentes e dispositivos eletrónicos.

Aspecto do Xiaomi SU7, o primeiro carro da assinatura chinesa / XIAOMI

O modelo apresentou-se como um competidor direto em frente a gigantes como Tesla e BYD, atraindo uma grande demanda inicial graças a seu preço competitivo e sua integração com o ecossistema Xiaomi.

Que significa esta falha para a marca?

Ainda que trata-se de uma grande retirada preventiva, os analistas destacam que Xiaomi tem optado por uma resposta rápida e transparente, o que poderia mitigar o impacto em sua imagem de marca.

A actualização OTA permite uma solução ágil e reduz custos, algo fundamental num mercado tão competitivo como o dos veículos elétricos em Chinesa.