Loading...

Acabou-se A Parranda: o templo da gastronomia murciana fecha suas portas

Neste restaurante de toda a vida sobresalían as alcachofas, os arrozes ou o tomate, além de clássicos regionais

Juan Manuel Del Olmo

Una imagen de La Parranda

O Restaurante A Parranda, em Múrcia, fecha suas portas. Fá-lo após meio século de actividade, e seus clientes mais asiduos choram a perda. Meios locais, como A Opinião de Múrcia, têm lamentado que com a aposentação de Pepe Guillén, o dono, se clausura "uma etapa brilhante da gastronomia murciana".

Na página site de Turismo da Região descrevia-se o estabelecimento como um "clássico" da comida tradicional no que destacava a "magnífica matéria prima de pescados, verduras e carnes".

Um clássico no centro de Múrcia

Ao longo dos anos, muitos clientes têm valorizado muito positivamente os platos do restaurante nas reseñas de Google. "Um lugar muito acolhedor em pleno centro de Múrcia. Platos tradicionais extraordinários e muita variedade na carta. A dona do local ofereceu-nos uns ovos com batatas ao pobre, sobrasada e gambas. Uma descoberta", dizia uma comensal satisfeita faz só uns meses.

Uma imagem do local / RESTAURANTE A PARRANDA - X

"A comida esteve incrível, provavelmente uma das melhores paellas que temos comido ultimamente! O pessoal foi muito amável e servicial. Sem dúvida, recomendo este lugar", dizia outro. A tenor das críticas, entre outras propostas, nA Parranda sobresalían as alcachofas, as croquetas de rabo de touro, o tomate ou o paparajote.

Imprescindível da gastronomia regional

Yayo Delgado, jornalista especializado em crítica gastronómica, tem rendido uma sentida homenagem ao estabelecimento nA Opinião de Múrcia: "Muitos falam da 'belle époque' murciana da restauração como se tivesse surgido sozinha. Mas não. Se essa época teve pais, A Parranda foi um dos primeiros. Um dos imprescindíveis", tem valorizado.

"Foi o restaurante da caverna platónica: esse original onde muitos vimos pela primeira vez o fogo do autêntico, e desde o que depois se projectaram as sombras de todos os que vieram detrás, construindo uma forma de vida na rua, nas barras, nos brindis longos que têm feito de Múrcia uma cidade que se come e se bebe com a mesma paixão com a que se vive", recordava.