Não o sabias: esta é a dieta que seguem as pessoas mais longevas do mundo: "Comer alimentos..."

Descobre os 8 alimentos tradicionais japoneses que promovem a longevidade e como os incorporar a tua dieta diária para uma vida mais saudável

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Seguro que tu também tens duvidado em muitas ocasiões sobre a idade de uma pessoa asiática. Por que têm um rosto com umas linhas de expressão tão atenuadas? Por que parecem mais jovens? Ou por que o envejecimiento não faz a mesma mella que nas sociedades européias?

E é que em Japão, um país reconhecido por sua elevada esperança de vida e suas comunidades centenarias, a alimentação não só é uma necessidade diária, sina um autêntico estilo de vida que prioriza a saúde, a prevenção e o bem-estar.

Desde regiões como Okinawa e Nara —onde se encontram algumas das maiores concentrações de pessoas maiores ativas e saudáveis do planeta—, a tradição culinaria nipona tem sido objeto de estudo por seus efeitos na longevidade. Para além da genética, trata-se de hábitos sustentados no tempo, profundamente enraizados numa cultura que valoriza a nutrição natural e comer alimentos o menos processados possível.

Dieta da longevidade: Os 8 alimentos que recomenda uma nutricionista japonesa para viver mais

Uma das vozes autorizadas neste campo é a de Michiko Tomioka, nutricionista especializada em envejecimiento saudável, quem cresceu precisamente em Nara. Numa recente colaboração com CNBC, compartilhou sua visão sobre como os alimentos tradicionais japoneses podem marcar a diferença na qualidade de vida em longo prazo.

1. Legumes: proteína vegetal versátil

Em Japão, os legumes, especialmente a soja, têm um papel central. Produtos como o edamame, o leite de soja sem açúcares acrescentados ou o kinako (farinha de soja tostada) fazem parte da dieta quotidiana. Também destacam os frijoles azuki, usados tanto em guisos como em doces típicos como o wagashi, preparados sem açúcar refinado.

2. Alimentos fermentados: aliados do intestino

Produtos como o miso, o natto ou os encurtidos tradicionais (nukazuke) fazem parte essencial da despensa japonesa. Graças a seu alto conteúdo em probióticos, estes alimentos favorecem a flora intestinal e potencian o sistema inmunológico. Elaborados principalmente a partir de soja, arroz fermentado (koji) e sal natural, a cada variedade reflete a identidade culinaria local.

3. Algas marinhas: minerales do oceano

As algas (kaiso) são uma fonte excepcional de nutrientes que se consome a diário em múltiplas formas: em sopas, saladas, snacks e inclusive postres. São ricas em yodo, calcio, magnésio, ferro e vitaminas do grupo B, especialmente B12. Variedades como kombu, wakame ou hijiki não só dão sabor senão também equilíbrio nutricional aos platos.

4. Matcha: energia antioxidante em pó

O matcha, chá verde molido de alta qualidade, é bem mais que uma bebida: trata-se de um concentrado de antioxidantes, vitaminas e aminoácidos. Rico em polifenoles e nutrientes como a vitamina C, o matcha é habitual na rotina matinal japonesa, com frequência preparado com esmero na cerimónia do chá. Um hábito que, além de acalmar a mente, fortalece o corpo desde o primeiro sorbo.

5. Tofu: o curinga saudável

O tofu, elaborado a partir de leite de soja cuajada, é um alternativa vegetal rica em proteínas, livre de colesterol e adaptável a uma infinidad de receitas: desde salteados e sopas até postres e dips. É um ingrediente básico para quem procuram reduzir o consumo de carne sem sacrificar sabor nem nutrição.

6. Setas shiitake: um superalimento do bosque

Este fungo, muito utilizado na gastronomia japonesa, é conhecido por sua capacidade para reforçar o sistema inmune e reduzir a inflamación graças a compostos como o lentinan. Ademais, contribuem vitamina D e complexo B. As shiitake secas, com frequência rehidratadas para preparar caldos (dashi), são parte essencial da cozinha tradicional.

7. Jengibre: uma raiz com múltiplos benefícios

Famoso por suas propriedades digestivas e antiinflamatorias, o jengibre é outro ingrediente indispensável em Japão. Já seja em sopas, molhos ou infusiones, ajuda a fortalecer o sistema inmune e aliviar afecciones respiratórias e estomacal. Seu infusión, combinada com canela, bayas de goji e matcha, é um remédio habitual durante todo o ano.

8. Sésamo: pequenas sementes, grande poder

As sementes de sésamo —especialmente as tostadas— e seus derivados como a tahina, são uma fonte concentrada de calcio, magnésio e vitaminas do grupo B e E. Ricas em antioxidantes e fitoesteroles, contribuem a manter os níveis de colesterol baixo controle. Usam-se em todo o tipo de platos: desde aderezos e massas até toppings para arroz.

Comer bem realmente pode alongar a vida?

O prestigioso biólogo e gerontólogo Valter Longo, autor dA dieta da longevidade, leva décadas pesquisando como a nutrição influi directamente no envejecimiento celular e o aparecimento de doenças crónicas como o alzhéimer, a diabetes ou certos tipos de cancro.

Sua proposta baseia-se em observar os hábitos alimentares das populações mais longevas do planeta, como as zonas azuis de Japão ou o sul de Itália, e propõe os seguintes princípios para promover uma vida longa e saudável:

  • Reduzir o consumo de proteínas animais.

  • Priorizar alimentos vegetais.

  • Usar azeite de oliva como principal gordura.

  • Incluir cereais integrais como pan e massa.

  • Evitar açúcares acrescentados.

  • Comer pescado com moderación.

  • Limitar a ingestão a duas comidas principais ao dia.

  • Praticar ayunos de 12 horas.

  • Manter uma actividade física diária de ao menos uma hora.

A longevidade não é só questão de sorte ou herança genética. A ciência e a experiência de culturas como a japonesa demonstram que a alimentação diária pode ser nossa melhor aliada para viver mais anos… e os viver melhor.