As pensões subirão um 2,7% em 2026
No próximo ano, a pensão máxima atingirá os 3.359,6 euros mensais em catorze pagas em frente aos 3.267,6 euros deste ano
As pensões contributivas aumentarão no próximo ano em torno de um 2,7%. Esta cifra obtém-se aplicando a fórmula de revalorização aprovada na reforma das pensões, que actualiza estas prestações segundo a inflação média dos doze meses anteriores, de dezembro do ano prévio a novembro do ano em curso. O objectivo é que os pensionistas não percam poder adquisitivo em frente à subida dos preços.
O avanço do IPC de novembro, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), permite calcular já a subida que aplicar-se-á em 2026. À espera do dado definitivo, a média de inflação entre dezembro de 2024 e novembro de 2025 é de 2,66%, o que situa a revalorização nesse meio de 2,7%.
Uma subida unida ao IPC para proteger o poder adquisitivo
Segundo o cálculo realizado a partir dos dados do INE, as pensões contributivas crescerão um 2,7% em 2026. É uma subida algo menor que a aplicada neste ano, que foi de 2,8%, e também inferior às de 2024 (3,8%) e 2023 (8,5%).

A cifra será definitiva quando o INE publique o dado fechado do IPC de novembro, previsto para o 12 de dezembro.
Mais de nove milhões de pessoas beneficiadas
O sistema já permite antecipar uma revalorização praticamente assegurada graças à fórmula introduzida pela Lei 20/2021, que garante que as pensões se actualizem conforme aos preços.
O incremento deste ano beneficiará aos 9,4 milhões de pessoas que recebem mais de 10,3 milhões de pensões contributivas, além da os perceptores do Regime de Classes Passivas do Estado, cujas pensões também se revalorizarán em torno de um 2,7%.
Bases máximas e pensão máxima: aumentos adicionais
A reforma impulsionada por José Luis Escrivá introduziu um sistema de actualização automática das bases máximas de cotação. Além do IPC, estas bases somam a cada ano 1,2 pontos adicionais entre 2024 e 2050. Isto significa que em 2026 a base máxima subirá ao redor de 3,9%, o que situá-la-á nuns 5.101 euros mensais.

Paralelamente, a pensão máxima também aumenta com uma fórmula própria. Em 2026 crescerá com o IPC mais um 0,115% adicional, de maneira que atingirá os 3.359,6 euros mensais em catorze pagas, em frente aos 3.267,6 euros deste ano. Este incremento faz parte do chamado "destope" progressivo, que continuará até 2050.
As pensões mínimas e não contributivas subirão mais que a inflação
A reforma também contempla uma melhora progressiva das pensões mínimas e das não contributivas para acercar à ombreira mínimo de pobreza. Por isso, estes grupos levam dois anos subindo acima da inflação geral aplicada ao resto de pensões.
Em 2025, as mínimas cresceram um 6% e as não contributivas, junto ao Rendimento Mínimo Vital, o fizeram um 9%. Face a 2026, voltarão a revalorizarse com o IPC, mas ademais receberão um incremento adicional destinado a reduzir em 20% a distância com respeito ao 75% da ombreira de pobreza para um lar individual, calculado segundo a Encuesta de Condições de Vida do INE.


