O café não é só uma das bebidas mais queridas no mundo, também é um autêntico tema de debate entre nutricionistas e amantes da gastronomia.
Em Espanha, seu consumo está mais que consolidado: segundo dados da AECafé (Associação Espanhola de Café), em 2023 a cada pessoa bebeu em media 3,81 quilos de café ao ano. Não é de estranhar, já que esta infusión, além de acordar os sentidos, pode contribuir interessantes benefícios à saúde se se toma da forma adequada.
Do grão ao aroma inconfundível
O café prove/provem dos frutos maduros do arbusto cafeto. Em seu estado inicial, o que conhecemos como café verde, carece do sabor e cor que tanto identificamos com a bebida. Tudo muda durante o tostado, um processo finque onde o grão se transforma graças a reacções químicas e físicas que geram o aroma e sabor que caracterizam à cada variedade.
Durante este processo, não só se define seu perfil sensorial, também se modificam seus compostos bioactivos, responsáveis por muitos dos efeitos que o café tem no organismo.
Que contribui realmente o café?
A Fundação Espanhola da Nutrição (FEN) detalha que esta bebida contém minerales como potasio, magnésio e calcio, além de vitaminas como a niacina. Também destacam seus polifenoles antioxidantes, como o ácido cafeico, que ajudam a combater o dano celular.
A estrela, no entanto, é a cafeína, um alcaloide que estimula o sistema nervoso, favorece a concentração e chega a praticamente todas as células do organismo.
Café e saúde: Nosso amigo ou inimigo?
Os experientes coincidem: o café pode ser um aliado se consome-se sozinho e sem açúcares acrescentados. Endulzarlo com açúcar refinado ou acompanhá-lo sempre de bollería é o que converte uma bebida saudável num hábito menos recomendável.
De facto, o Instituto Nacional de Saúde de Estados Unidos (NIH) tem assinalado que um consumo moderado de café está vinculado a uma menor incidência de diabetes tipo 2, obesidad e doenças metabólicas, além de se associar com menor risco de certos cancros e uma redução na mortalidade por qualquer causa.
Isso sim, a quantidade importa: até 400 mg de cafeína ao dia (entre 2 e 4 xícaras) considera-se segura para a maioria de adultos.
A eleição do grão: Arábica vs. Robusta
No mercado predominam duas variedades:
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Arábica: Contém menos cafeína, se tuesta a menor temperatura e costuma ser mais rica em antioxidantes. Seu sabor é mais suave e aromático.
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Robusta: Mais económica e resistente, com maior amargor e menos matizes.
Para quem procuram um café mais saudável e equilibrado, a recomendação é optar por arábica de tueste natural.
Tipos de tueste: Qual é o mais aconselhável eleger para tua saúde?
A Dra. Odile Fernández já explicava-o num artigo sobre cozinha natural: o importante é saber eleger e preparar o café para que seja o mais são possível.
"Trata-se de uma bebida saudável, desde que saibamos eleger a variedade de café, o tipo de tostado e preparar da forma adequada", revelava. A primeira forma de prepará-lo é quando elegemos no supermercado o tipo. Nos estantes deste podemos encontrar três grandes categorias que são grandes desconhecidas para o consumidor médio:
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Natural: É o mais recomendável. Segundo o tempo e a temperatura do tostado, o resultado pode ir de um tueste ligeiro (mais ácido e com maior cafeína), a um meio (mais doce e equilibrado) ou escuro (intenso, especiado e com menor quantidade de cafeína).
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Torrefacto: Se tuesta acrescentando açúcar, que se queima e recobre o grão. Ainda que em Espanha segue sendo habitual, o verdadeiro é que seu consumo é desaconsejado: este processo gera acrilamida, um composto conceituado potencialmente cancerígeno, além de aumentar a quantidade de açúcares acrescentados.
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Mistura: Combina natural com torrefacto. Por tradição oferece-se em muitas cafeterias, mas desde um ponto de vista nutricional também é melhor o evitar.
Como o preparar para cuidar a saúde?
Não todos os métodos de preparação são iguais. A forma em que fazemos o café influi em seu impacto no organismo:
Expresso: Obtém-se aplicando pressão à água quente, o que dá lugar a um café concentrado e com mais corpo.
Filtrado: O água passa lentamente através do café por efeito da gravidade. O resultado é uma bebida mais suave, menos ácida e que realça os matizes do grão.
Quanto café posso beber ao dia?
E aqui está a chave: estudos publicados no European Journal of Preventive Cardiology confirmam que o café filtrado é a forma mais saudável do consumir, já que elimina compostos como o cafestol e o kahweol, que podem elevar o colesterol LDL ("mau").
Num rastreamento a mais de 500.000 pessoas em Noruega durante 20 anos, os pesquisadores encontraram que quem consumiam entre 1 e 4 xícaras de café filtrado ao dia tinham um menor risco de morte por qualquer causa, especialmente por doenças cardiovasculares. O café, longe de ser um inimigo, pode converter-se num grande aliado para a saúde se elegem-se bem o grão, o tostado e o método de preparação. O ideal: arábica, tueste natural, sem açúcar e filtrado. Já sabe-lo! Tomado desta maneira, não só é um prazer para os sentidos, sina que ademais pode contribuir a viver mais e melhor.
Conselhos para preparar um café mais saudável passo por passo
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Escolhe sempre grão arábica de tueste natural e, se é possível, muélelo em casa.
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Evita acrescentar açúcar refinado: se precisas endulzar, opta por alternativas como estevia ou xilitol.
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Não o acompanhes habitualmente de bollería, bolachas ou chocolate com leite.
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Uma boa opção extra: Se o sabor do café parece-te muito pesado e gostarias de provar seus efeitos de outra forma: o café verde em infusión, rico em antioxidantes e menos estimulante, é tua melhor opção.
Que é o café verde?
O café verde são os grãos de café sem tostar. Isto é, trata-se do grão tal qual se obtém da planta, dantes de passar pelo processo de tostado que lhe dá o aroma, cor e sabor característico do café tradicional. Ao não tostarse, mantém compostos ativos que se perdem com o calor, sobretudo os ácidos clorogénicos, responsáveis por grande parte de seus benefícios.
Propriedades e benefícios do café verde em infusión
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Rico em antioxidantes: Seus polifenoles, especialmente o ácido clorogénico, ajudam a combater os radicais livres e a reduzir o estrés oxidativo.
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Apoio na perda de importância: Diversos estudos têm vinculado o café verde com um ligeiro efeito na regulação do metabolismo e na absorção de açúcares, o que poderia ajudar em planos de controle de importância.
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Regulação da glucosa: Observou-se que o consumo de infusión de café verde pode contribuir a estabilizar os níveis de açúcar em sangue, útil na prevenção de resistência à insulina e diabetes tipo 2.
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Sabor do café verde em infusión: O gosto do café verde não se parece ao café clássico. Seu sabor é mais herbáceo, fresco e suave, com um ponto ligeiramente amargo e ácido. Muitas pessoas descrevem-no como um cruze entre chá verde e café muito ligeiro.
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Energia mais suave: Contém cafeína, mas em menor quantidade que o café tostado. Isto significa que contribui um estímulo moderado sem chegar a ser tão forte, ideal para quem são sensíveis à cafeína.
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Benefícios cardiovasculares: Ao apoiar a redução da pressão arterial e melhorar a função endotelial, pode ter um papel protetor em frente a doenças do coração.