Os cuatros alimentos que mais têm subido de preço no último ano: alças de dois dígitos
Desde janeiro até julho, estes produtos têm-se encarecido mais de 10% enquanto outros como o azeite de oliva ou o açúcar se têm abaratado

Encher a cesta de compra-a volta a ser mais caro. Entre janeiro e julho de 2025, quatro produtos básicos na despensa dos lares espanhóis têm experimentado incrementos de preço.
Trata-se do café, as frutas frescas ou refrigeradas, os ovos e o chocolate. Não só encabeçam a lista de subidas sina que, ademais, registam alças de dois dígitos.
O chocolate lidera as subidas de preço em Espanha
Os últimos dados do IPC de julho publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam que o café se tem encarecido um 15,9% no que vai de ano, seguido de perto pelos ovos (+15,7%), as frutas frescas ou refrigeradas (+14,3%) e o chocolate (+12%).

Se toma-se como refere a evolução interanual, a situação é ainda mais llamativa: entre julho de 2024 e julho de 2025, o chocolate é o alimento que mais tem incrementado seu preço em Espanha, com uma subida de 21,6%. Depois dele se situam os azeites comestibles diferentes ao de oliva (+20,4%), o café (+19,8%) e os ovos (+18,3%).
A carne também se dispara
Não só o café, os ovos ou o chocolate têm encarecido a cesta da compra. Outros alimentos também registaram em julho subidas interanuais de dois dígitos. Entre eles destacam a carne de vacuno (+15,1%), a de ovino e caprino (+11,7%) bem como o cacau e o chocolate em pó, cujo preço foi um 11,3% superior ao de um ano dantes.
Por trás destas cifras esconde-se a grave crise do cacau, provocada pela queda da produção mundial devido a fenómenos climáticos e pragas. Uma situação que os experientes já qualificam como a pior em quatro décadas.

O clima marcará o futuro do cacau
O último boletim de julho da Organização Internacional do Cacau (ICCO, por suas siglas em inglês) aponta a uma verdadeira relajación nos preços graças às previsões de uma melhor colheita para a temporada 2025/26 e às expectativas de uma baixada da demanda. Durante a primeira metade do mês observou-se uma tendência à baixa nos futuros do cacau. No entanto, na segunda metade de julho os preços voltaram a repuntar, impulsionados pela instabilidade meteorológica em Costa do Marfim, um dos principais produtores mundiais.
"À medida que acerca-se a temporada principal de colheita 2025/26, o clima segue sendo o factor mais crítico a vigiar. As condições climáticas podem mudar rapidamente e qualquer acontecimento adverso poderia ter envolvimentos significativos para o fornecimento e os preços", aponta a organização.
Secas e geladas que afectam ao preço do café
Ao preço do café também lhe está a afectar as condições climáticas adversas, como secas e geladas nos principais países produtores, o que tem reduzido as colheitas.

Ao mesmo tempo, os conflitos geopolíticos têm dificultado o transporte e a distribuição do café, encareciendo ainda mais seu preço, e a demanda tem aumentado, sobretudo em mercados emergentes como Chinesa.
Os alimentos que mais se têm abaratado
No lado dos descensos, o azeite de oliva é o que mais se tem abaratado de preço no que vai de ano. Com dados até julho, o ouro líquido acumula um descenso de 34,2%. Em taxa interanual (julho de 2025 sobre julho de 2024), a queda de preço é maior, de 44,3%.
Depois do azeite de oliva situa-se o açúcar. Seu preço reduziu-se nos supermercados espanhóis um 6,6% até julho e um 19,7% em taxa interanual. Também destaca o yogur, que tem baixado de preço um 2,5% nos sete primeiros meses do ano e um 2,6% em comparação com julho de 2024.