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Nem sumo nem carne: os 11 alimentos que consumimos menos do que deveríamos

Os alimentos que são consumidos em excesso incluem as bebidas alcoólicas, os doces e o sal.

Ana Siles

Um pedaço de carne vermelha com muito sal / PEXELS

Os espanhóis comem pior que há dez anos. Assim o alertou a Organização de Consumidores e Utilizadores (OCU), a qual mostrou a sua preocupação pelo elevado consumo de pratos preparados com alto teor em sal, açúcares ou gorduras saturadas, que ultrapassa em 90% a frequência recomendada.

A advertência baseia-se numa análise elaborada a partir dos dados do Painel de consumo de alimentos do Ministério de Agricultura, Pesca e Alimentação. Nele se constata um aumento significativo na ingestão de produtos ultraprocessados como pizzas, empadas ou croquetes. Salienta também que o consumo de gorduras para barrar, como a manteiga ou a margarina, excede em 140% a quantidade recomendada.

Alimentos e bebidas consumidos em excesso

O consumo de alguns produtos aumentou muito acima das recomendações. É o caso dos refriogeramntes, sumos e outras bebidas embaladas, incluída a cerveja sem álcool. O seu consumo aumentou 240% em relação à quantidade recomendada.

Sumos naturais / FREEPIK

O mesmo se aplica às carnes vermelhas. As carnes processadas, como as salsichas e os enchidos, também são consumidas em excesso, com um aumento de 149% em relação ao nível recomendado. Outros alimentos que também são consumidos em excesso são as bebidas alcoólicas (mais 51% do que o recomendado), os doces (mais 71%) e o sal (mais 75%).

Os alimentos que menos se consomem

No lado oposto, há alimentos cujo consumo está muito abaixo do que se considera saudável. O azeite, por exemplo, consome-se menos 43% do recomendado.

A mesma tendência decrescente é observada em produtos como leites fermentados (menos 72%); pão integral (menos 94%); queijos (menos 47%); frutos secos (menos 67%); legumes frescos (menos 55%); ovos (menos 62%); leguminosas (menos 87%); massas (menos 62%); arroz (menos 66%) ou peixe (menos 64%).

Frutas e legumes / FREEPIK

Aumento do excesso de peso na população

Todos estes dados são um reflexo do aumento de 6% das pessoas com excesso de peso desde 2014, atingindo agora os 56%, e influenciaram também o aumento da prevalência de doenças relacionadas com maus hábitos alimentares, como a hipertensão arterial, que se situa nos 21,4%, ou a diabetes, que está nos 8,7%, segundo dados do Ministério da Saúde.

Por este motivo, a OCU recomendou o consumo diário de legumes frescos, fruta fresca da época, frutos secos, produtos lácteos sem açúcar, pão integral em vez de pão normal e azeite, em vez de manteiga ou margarina. A organização recomendou também o consumo de leguminosas, arroz, massa, ovos, frango e peixe várias vezes por semana.