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Os produtores espanhóis de azeite de oliva não temem a Trump: "O preço seguirá à baixa"

A multinacional Deoleo prevê que os preços mantenham sua tendência bajista e se situem entre os três e quatro euros depois de uma boa campanha

Alejandro Tercero García

Aceite de oliva y de girasol en un supermercado español EUROPA PRESS

A possível imposição de impostos por parte de Donald Trump não faz temer aos produtores espanhóis de azeite de oliva. Por agora...

A multinacional Deoleo prevê que os preços do azeite de oliva mantenham a tendência bajista "muito significativa" que se percebe já nos lineares dos supermercados e se situem entre os três e quatro euros depois de uma boa campanha.

Uma boa colheita

"Estamos convencidos de que chegar-se-á aos 1,4 milhões de toneladas esta campanha. Quando não há produto se traduz nos preços e quando há se nota na baixada muito significativa que se vê claramente nos lineares e é a tendência que vai continuar até a próxima colheita", expõe o diretor geral de Deoleo em Espanha, Víctor Roig.

Olivas para elaborar azeite / PIXABAY

"As abundantes precipitações deste ano têm favorecido uma notável recuperação da produção resultando uma colheita de maior quantidade e qualidade", assinala o diretor.

A evolução do preço do azeite de oliva

"Vamos ter uma produção suficiente para não fazer pagar ao consumidor os preços dos últimos anos. Têm sido anos complicados para a categoria, não é que quiséssemos subir preços, é que não tinha produto", recalca.

Bodegón de azeites de Carbonell / DEOLEO

O diretor também vaticina que "o lógico é que vamos aos preços de 2021 e 2022, entre os três e quatro euros. Todo o contexto é positivo, tanto para a categoria como para o consumidor".

Donald Trump e os impostos

Por outro lado, Deoleo mostra-se "prudente" ante a possibilidade de que a Administração de Donald Trump imponha impostos a produtos agroalimentares, entre eles ao azeite de oliva.

"Os impostos são uma ferramenta comercial que não interessa a ninguém, mas há que ser prudentes e esperar", explica o diretor de comunicação de Deoleo, José Antonio Bonache.

Estados Unidos importa o 95% do azeite que consome

Mais especificamente, a multinacional oleíca, que conta com presença em Estados Unidos, recorda que o país estadounidense produz só o 5%, pelo que precisa importar o 95% restante.

"O consumidor norte-americano aprecia muito o azeite de oliva. Tentaremos seguir mostrando seu valor para a saúde dos americanos, que é algo importante para o presidente Trump", assinala Bonache.