Ranking: estas são as CCAA com mais moradias okupadas
Em 2024, registaram-se 16.426 delitos de usurpación e allanamiento de morada em toda Espanha, o que supõe um incremento interanual de 7,4%

As okupaciones de moradias recrescem em Espanha, segundo confirmam os últimos dados do Ministério do Interior. Em 2024, registaram-se 16.426 delitos de usurpación e allanamiento de morada em todo o país, o que supõe um incremento interanual de 7,4% com respeito aos 15.289 casos de 2023.
Esta cifra representa a terça mais alta da série histórica iniciada em 2010 e marca o regresso a uma tendência ao alça depois de dois anos consecutivos de descensos.
Cataluña lidera o ranking de okupaciones
A comunidade autónoma com maior número de okupaciones segue sendo Cataluña, que em 2024 registou 7.009 casos, o que equivale ao 42,6% do total nacional. Isto significa que mais de 42 em cada 100 delitos de usurpación e allanamiento de morada em Espanha ocorreram nesta região. A muita distância seguem-lhe Andaluzia (2.207), Comunidade Valenciana (1.767) e Madri (1.451).

Outras comunidades também com cifras significativas foram Canárias (663), Castilla-A Mancha (538) e Baleares (514), enquanto no extremo oposto, as regiões com menos casos foram Navarra (96), A Rioja (65), Ceuta (14) e Melilla (11).
Barcelona, a província com mais casos
Por províncias, Barcelona encabeça amplamente o ranking nacional com 5.077 casos, o que representa o 30,9% do total de Espanha e um aumento de 10% com respeito a 2023. Outras províncias com altos níveis de okupación são Madri (1.451), Girona (940), Valencia (876), Tarragona (785) e Alicante (687).
Em mudança, as províncias com menos incidência foram Álava, Ceuta, Palencia, Zamora, Melilla, Teruel e Soria, com menos de 20 casos a cada uma.
Recorde de pesquisados e detentos
Apesar de que o número total de okupaciones segue por embaixo do máximo registado em 2021, o Ministério do Interior destaca que em 2024 se atingiu um recorde no número de pesquisados e detentos por estes delitos. Durante o ano passado, contabilizaram-se 11.133 detenções, um 17,7% mais que em 2023. De novo, Cataluña liderou com 8.039 pesquisados e detentos, o que equivale ao 72,2% do total nacional.
Por províncias, Barcelona também encabeça a lista com 5.686 pesquisados e detentos, seguida de Girona (1.131), Tarragona (936) e Madri (847).
Aumento de demandas judiciais
O Conselho Geral do Poder Judicial (CGPJ) informou de um incremento de 55% nos procedimentos judiciais por okupación em 2024.
Nos primeiros nove meses do ano ingressaram-se 1.782 casos, dos quais 580 corresponderam ao terceiro trimestre. Cataluña foi a comunidade autónoma com mais demandas, com o 21,2% do total nesse período, seguida de Andaluzia e a Comunidade Valenciana.
A inquiokupación, um fenómeno crescente
Os experientes advertem que estas cifras oficiais não refletem todos os casos de okupación, já que não incluem aqueles que se resolvem de maneira extrajudicial. Ademais, assinalam o auge da "inquiokupación", que se refere a inquilinos que deixam de pagar a renda de maneira premeditada e que não entram nas estatísticas oficiais.

O prazo médio para conseguir uma sentença de desahucio tem atingido um máximo histórico de quase 24 meses, o que tem levado a muitos proprietários a optar por vias alternativas, como o pagamento aos okupas ou a contratação de empresas especializadas em desalojos.