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O povo favorito de Marc Clotet para veranear na Costa Brava: "É meu povo do alma"

Este é o município catalão onde o popular casal de actores gostam de refugiar-se quando têm a ocasião de passar uns dia de asueto: conexão emocional com sua infância e vistas privilegiadas

Rocío Antón

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Alguma vez sentiste-te tão ultrapassado por tua vida que precisas parar em seco e procurar um refúgio? Ao igual que lhe ocorre aos animais feridos que procuram uma gruta ou lugar tranquilo quando estão doentes, os humanos também procuramos um lugar onde poder nos retirar a sanar quando a vida nos aperta.

Não é casual que todo mundo tenha um lugar predileto para veranear ou para ir quando tem uns dias de asueto e acalma. Está demonstrado que a conexão emocional aos lugares nos faz os sentir lar ou um terreno hostil segundo as experiências vividas. Eu não tinha crido muito em isso até que certo dia a pessoa que me tinha mostrado meu lugar favorito na terra já não estava em minha vida e só o facto de calcar esse lugar me revolvía o alma e a vida.

O cheiro a comida recém feita dos avôs, esse primeiro beijo baixo as estrelas, ou inclusive essas espetaculares vistas ao mar que alguém te ensinou pela primeira vez, esses são sem dúvida os pequenos laços que creiam em nós esse vínculo

Cadaqués, o refúgio mediterráneo de Marc Clotet e Natalia Sánchez longe do foco mediático

Ainda que as câmaras fazem parte de seu dia a dia, Marc Clotet e Natalia Sánchez têm encontrado um rincão onde desligar do ritmo frenético do trabalho e desfrutar da tranquilidade: um pequeno povoo catalão que consideram seu autêntico santuário pessoal.

O casal de actores tem deixado claro em várias ocasiões que há um lugar que ocupa um lugar muito especial em seu coração. Basta com jogar um vistazo a suas redes sociais para comprová-lo: a cada vez que calcam Cadaqués, seus rostos se alumiam com uma acalma que só se consegue em casa. E para eles, esse pequeno paraíso está no Alt Empordà, em plena Costa Brava.

 

Um rincão escondido entre montanhas e mar

Aceder a Cadaqués não é singelo. O trajecto inclui uma estrada estreita e sinuosa que atravessa o Parque Natural do Cap de Creus. Mas o esforço vê-se recompensado com cresces: este povo de ar bohemio, que tem sido comparado tanto com Ibiza como com as paisagens mais emblemáticos de Grécia, é conceituado por muitos como um dos enclaves mais mágicos de Cataluña.

Numa entrevista recente, Marc Clotet não deixou lugar a dúvidas: "Cadaqués é meu povo do alma". Ainda que não nasceu ali, o sente como próprio... Esta classe de coisas sempre me faz sacar meu lado mais cotilla e me perguntar: Será o primeiro lugar onde veraneó com seus pais? Onde conheceu a Natalia? Ou onde quiçá concebeu a algum de seus filhos? Incógnitas aparte, está claro que se sente profundamente vinculado.

Como chegar a Cadaqués

"É um lugar único, com uma energia muito especial. Quando podemos, nos escapamos para desligar", explicava o actor. Seu casal, Natalia Sánchez, compartilha essa visão, ainda que reconhece que qualquer rincão do Mediterráneo tem algo de mágico. Isso sim, fica claro que Cadaqués tem algo mais.

Quiçá parte de sua magia resida no isolado de sua localização. Chegar até Cadaqués requer uma viagem de umas duas horas desde Barcelona, já que não conta com conexão ferroviária direta. A rota mais comum implica tomar a autopista AP-7 até Figueres, continuar pelo N-II e desviar-se pela GI-614, uma estrada estreita e com curvas fechadas que atravessa as montanhas do Cap de Creus.

É um trajecto que pode parecer desafiante, mas que sem dúvida vale a pena.

Tradição marinera e o legado artístico de Dalí

Com uma população que ronda os 3.000 habitantes, Cadaqués tem sabido manter seu esencia de antigo povo de pescadores. Mas também é, desde faz décadas, um íman para artistas, escritores e pensadores. Salvador Dalí cresceu e viveu ali boa parte de sua vida, e sua impressão segue muito presente.

Passear por suas ruas empedradas, percorrer seu capacete antigo ou visitar sua famosa igreja de Santa María —com vistas privilegiadas à baía— é adentrarse num lugar detido no tempo. Sua arquitectura branca e seus rincões floridos recordam ao Mediterráneo mais autêntico.

Entre seus principais atractivos culturais encontram-se casa-a Museu de Salvador Dalí em Portlligat, o Espai Cap de Creus, o Museu Municipal de Cadaqués ou a Torre do Colom. Ademais, numerosas galerias de arte e esculturas repartidas pelo município rendem homenagem aos muitos artistas que têm encontrado inspiração entre suas ruas.

Calas cristalinas e paisagens de postal

Um dos grandes tesouros de Cadaqués são seus calas. Afastadas do bullicio e envolvidas pela vegetação do Cap de Creus, oferecem uma paisagem natural quase virgen. Cala-las de Sa Sabolla, Ses Ielles, Jonquet ou a emblemática Culleró —que inspirou a Dalí em sua obra O grande masturbador— são só alguns dos pontos imprescindíveis para quem procuram praias diferentes, formadas por rochas, águas transparentes e uma beleza selvagem.

O Camí de Rodada, uma senda costera que liga muitas destas calas, permite explorar o litoral a pé e descobrir rincões quase secretos, ideais para desligar do mundo.

Um destino também para o paladar

A riqueza de Cadaqués não é sozinho visual. Sua oferta gastronómica tem ido ganhando fama, até converter-se num dos grandes atractivos do lugar. Segundo National Geographic, é um dos povos de Espanha onde melhor se come.

O restaurante Marítim é um exemplo emblemático. Ao longo dos anos, tem recebido a personagens da talha de Salvador Dalí, Marcel Duchamp, Kirk Douglas ou Gabriel García Márquez. Sua cozinha, baseada no produto local e o sabor mediterráneo, é uma mostra mais do encanto que desprende esta villa costera.

Um paraíso pessoal… e compartilhado

Cadaqués não só tem apaixonado a Clotet e Sánchez, sina também a milhares de visitantes que a cada ano se acercam para se deixar conquistar por seu acalma, sua beleza e sua autenticidad. Como explica o actor: "É um lugar que todo mundo deveria conhecer ao menos uma vez".