A única 'carne' que baixa de preço no supermercado

A carne picada tem aumentado seu preço um 25%, seguida pelo estufado e o entrecot

Varios filetes de ternera, una de las carnes que más se ha encarecido   FREEPIK
Varios filetes de ternera, una de las carnes que más se ha encarecido FREEPIK

Os preços dos alimentos seguem escalando e põem a prova o bolso dos consumidores. Segundo o observatório de preços da Organização de Consumidores e Utentes (OCU), em julho os produtos cárnicos e de charcutería se encarecieron um 1,42%, acumulando uma subida de 12% no último ano.

O dado soma-se a um panorama pouco alentador, já que encher a carroça resulta hoje um mais 36% caro que faz três anos. Enquanto a ternera e o frango disparam-se, as salchichas tipo Frankfurt se abaratan um 3%, convertendo-se na única partida que rompe a tendência de ascensão.

A ternera, a mais golpeada

O relatório da OCU assinala que a carne de ternera é a que mais tem elevado seus preços nos últimos doze meses. A carne picada se encarece um 25%, o estufado um 24% e o entrecot um 16%.

La carne es uno de los alimentos que más han subido de precio / A. Pérez Meca - EUROPA PRESS
A carne é um dos alimentos que mais têm subido de preço / A. Pérez Meca - EUROPA PRESS

A isso se soma o alça do coelho (11%) e da pechuga de frango (6%), o que confirma que as proteínas animais são um dos produtos mais castigados pela inflação. A organização de consumidores recorda que Espanha é um dos principais produtores de carne e charcutería na União Européia.

Frutas, lacticínios e pescado também sobem

A carne não é o único capítulo em vermelho. Nos últimos doze meses, frutas e verduras têm incrementado seu preço num 4%, os lacticínios um 2% e o pescado um 1%. Inclusive os produtos de droguería e higiene, habitualmente mais estáveis, se encarecen um 0,5%.

Un puesto de frutas y verduras / EUROPA PRESS
Um posto de frutas e verduras / EUROPA PRESS

Só os produtos de despensa (-6%) e as bebidas (-1%) dão um pequeno respiro ao consumidor.

Baixada do IVA

Ante este panorama, a OCU reclama medidas fiscais. A organização recorda que a rebaja da IVA aplicada no ano passado ajudou a aliviar a despesa dos lares e pede que se volte a implementar.

Una persona llena su cesta de la compra en un supermercado / PEXELS
Uma pessoa cheia sua cesta de compra-a num supermercado / PEXELS

Mais especificamente, solicita que a carne e o pescado passem de tributar ao 10% ao fazer ao 4%, os considerando alimentos básicos. Uma rebaja que aliviaria a pressão que sofrem os consumidores depois de três anos de incrementos continuados no supermercado.