A alopecia feminina dispara-se: estes são os principais motivos
Pode dever-se ao estrés ou a uma má alimentação, mas convém ter muito presente que não se trata de um mero problema estético

Nos últimos anos, os casos de alopecia feminina têm aumentado em Espanha e no mundo. Produziu-se um boom durante o coronavirus, como grande processo infeccioso que afectou a milhões de pessoas e provocou mudanças nos sistemas inmunitarios de muitíssimas mulheres. Segundo as investigações médicas, entre os factores que influem na perda de cabelo figuram o estrés ou a má alimentação.
Uma reportagem do Correio estimava que o 30% das mulheres sofrerá algum tipo de alopecia ao longo de sua vida. Não é só um problema estético: o impacto emocional é destacadísimo, já que o cabelo associa-se com a feminidad, de modo que a alopecia pode erosionar as relações sociais e gerar sentimentos de vergonha, ansiedade ou inclusive depressão.
Crescimento da alopecia em mulheres
De facto, a alopecia segue sendo um tabu. Segundo o Dr. José Vitto, médico cirujano com mais de 25 anos de experiência em diferentes áreas clínicas e diretor médico de Vitto MD em Miami, para 2025 estima-se que a alopecia em mulheres dentre 40 e 60 anos terá passado de 30% ao 50%, afectando inclusive a mulheres entre os 20 e 30 anos.

"Primeiro, há que entender que a alopecia é a perda ou diminuição da densidade do cabelo, causada por factores genéticos, químicos, emocionais, hormonales e inclusive alimentares. A idade não é determinante, já que os folículos capilares podem se ver afectados em pessoas desde os 15 até os 60 anos", expõe este especialista.
Influência dos peinados
"Os alisados permanentes, as extensões tecidas ao couro cabelludo e inclusive os peinados altos que halan com força o cabelo durante várias horas ao dia ou à semana debilitam a linha frontal e afectam os folículos devido à tracção", agrega.

Por outra parte, este experiente recorda a importância da vitamina B12, pelo que aposta por "o consumo de kiwi, o uso de champôs com este complexo vitamínico, bem como masajes e mascarillas capilares de folhas de curry com azeite de coco, que ajudam a reduzir a perda de proteínas essenciais".
Perda de cabelo em outono e primavera
Convém distinguir entre a perda de cabelo definitiva e o efluvio telógeno, uma patologia capilar que, como explica QuirónSalud, faz referência à queda do cabelo frequente nos meses de outono e primavera, estações que estão associadas à renovação do ciclo capilar.

"Não obstante, esta queda também pode causar por algum episódio de estrés ou algum problema de saúde. Em muitos casos, neste tipo de alopecia, a queda do cabelo não é imediata, e se pode prolongar entre 3 e 6 meses. Este tipo de perda é reversible e de bom prognóstico para aquelas mulheres que a padecem", revelam. Ademais, se o problema converte-se em definitivo, na actualidade existem tratamentos de regeneração capilar.