As varices, uma patologia vascular frequente e com impacto na qualidade de vida do paciente, costumam abordar-se mediante cirurgia quando os tratamentos conservadores não são suficientes. Ainda que não é uma operação de carácter urgente, uma longa espera pode agravar seus sintomas e aumentar o risco de complicações.
O tempo nacional meio de espera para esta intervenção é de 111 dias, segundo os últimos dados do Sistema de Lista de Espera (SISLE). Na Comunidade de Madri (CAM), o tempo diminui consideravelmente até os 57 dias (54 dias menos).
A eficiência de alguns hospitais madrilenos consegue baixar esta média ainda mais. É o caso do Hospital Universitário Fundação Jiménez Díaz (FJD), o centro com o melhor rendimento, com tão só 9,5 dias de demora para esta especialidad quirúrgica. Tempo que, ademais, tem conseguido reduzir em 8,5 dias com respeito ao mesmo período de 2024. À Fundação Jiménez Díaz seguem-lhe em eficácia o Hospital Universitário
General de Villalba com 16,13 dias; o Hospital Universitário Rei Juan Carlos, com 17,53 dias; e o Hospital Universitário de Torrejón com 27,85.
Entre o resto de hospitais madrilenos que realizam esta intervenção, com mais de um mês de espera, estão o Hospital Gregorio Marañón (40,11 dias); o Hospital Severo Ochoa (46,23 dias); e o Hospital de Getafe (50,45 dias). Entre dois e três meses registam o Hospital Gómez Ulla (66,13 dias); o Hospital Universitário Fundação Alcorcón (71,94 dias); o Hospital dA Princesa (73,18 dias); e o Hospital 12 de
Outubro (76,32 dias). Para operar-se de varices no Hospital Clínico San Carlos, o Ramón e Cajal e La Paz há que esperar em media mais de 100 dias. Mais especificamente 100,17; 104,17; e 122,93 dias, respectivamente.
A gestão hospitalaria encurta os tempos
Entre os hospitais que têm conseguido melhorar seus tempos com respeito a 2024, além da FJD, o caso mais destacado é o do Hospital Severo Ochoa que tem passado de uma demora média de 90 dias a 46, praticamente a metade. Segue-lhe o Hospital Universitário de Torrejón, que tem conseguido um descenso significativo de 43 a 27 dias, e o Hospital Universitário de Getafe, que tem reduzido seu demora de 66 a 50 dias. Também
o Hospital Universitário Geral de Villalba tem encurtado seu tempo de espera, baixando de 20 a 16. No Hospital dA Princesa a tendência também é positiva, com uma diminuição de 81 a 73 dias, o que supõe um encurtamento a mais de uma semana na demora média.
Apesar da variabilidad entre centros, Madri posiciona-se como uma das comunidades autónomas de Espanha com menor demora para a operação de varices. Só a superam em menores tempos Galiza, com 53 dias, e A Rioja, com 46. Ademais, é a região com a taxa mais baixa (tão só de 0,1%) de pacientes que se vêem obrigados a esperar mais de seis meses para ser intervindos. Ao todo, 1.973 pessoas encontram-se em lista de espera estrutural para uma cirurgia de varices em Madri, o que equivale a uma taxa de 0,28 pela cada mil habitantes. No conjunto de Espanha, 16.037 pessoas aguardam em espera estrutural, -uma taxa de 0,34 pela cada mil habitantes-, e um 20,4% deles espera mais de seis meses para ser operado.
Madri, líder em menor espera quirúrgica de toda Espanha
Segundo o SISLE, Madri é a comunidade espanhola com menores tempos de espera para todo o tipo de operações, com uma demora de 48 dias, 78 dias por embaixo da média nacional, que se situa em 126 dias. Uns bons resultados que se devem, em grande parte, à gestão de seus hospitais. Todos os centros médicos madrilenos -tanto os de alta como os em media e baixa complexidade- apresentam tempos de espera por
embaixo do dado nacional.
Esta liderança resulta ainda mais relevante se se tem em conta que Madri é, ao mesmo tempo, a comunidade que enfrenta uma maior pressão asistencial. Não só consegue os menores tempos de espera, sina que também anota uma das taxas mais baixas de pacientes pendentes de uma operação, com 10,41 pela cada 1.000 habitantes. Em autonomias com uma demanda asistencial similar, como Cataluña ou Andaluzia, a taxa ascende ao 25,10 e 23,11, respectivamente.
Uma vantagem comparativa que responde, entre outros factores, a uma adequada gestão da demanda quirúrgica, à organização interna dos serviços de cirurgia vascular e ao modelo de colaboração público-privada implantado em alguns hospitais, como a Fundação Jiménez Díaz. Este hospital, gerido em regime de concessão por Quirónsalud, tem sido durante anos um dos centros com melhores resultados asistenciales e níveis de satisfação do paciente dentro da rede pública madrilena. Sua eficiência em intervenções -como a operação de varices- poderia servir de referência para desenhar estratégias que melhorem a acessibilidade quirúrgica em outros hospitais.